Coluna: Conversando com a mãe Dilma, por Silveira Rocha

Alô mãe Dilma, tudo bem com a senhora? Compreendo, pois não é fácil dar conta de tanta greve num tempo só. Esse povo brasileiro não se conforma com a vida que tem. Ele pensa que vive na Dinamarca, na Suíça ou na Noruega. Pobre é assim mesmo: vive dormindo em cima de papelão, comendo sardinha em lata com refresco, porém, sonhando em cama boxe com salmão regado a vinho francês.
O povo é ingrato né? Sim, pois reclama do salário, quer saúde melhor, educação de primeira, transporte barato, carne de primeira, tudo ele quer do bom e do melhor, como se fosse deputado, senador, governador, ministro ou assessor. Esse povo não se enxerga, é sempre metido a besta, e tudo que tem de ruim coloca a culpa na senhora, uma mulher tão perfeita, tão honesta e que ama, igualmente, a todos os brasileiros.

Ainda bem que a senhora está dando uma rápida penteada nos programas de Governo, pois assim essa gentalha não vai ficar xingando a senhora na frente dos visitantes, que vêm para a Copa do Mundo. O povo do exterior vai pensar que somos uma nação com dificuldades. Nada é tão espantoso ao rico do que choro de pobre.
Mãe, eu estou feliz por dois aspectos 1 é que a senhora subiu mais três pontos na pesquisa, e 2, por a senhora haver convencido o povo de que a copa é importante, isto porque temos o maior número de craques e também de viciados no crack. Não se preocupe, pois ninguém irá lhe vaiar. Ao contrário, a senhora será ovacionada. Que levar ovadas que nada, quero dizer que será aplaudida.
Sim, me fale como anda a estória da CPI da Petrobras? Eu não disse? É logico que eu sei que não vai dar em nada, principalmente depois que o Quica Barbosa se aposentar por preguiça. Mãe será que ele está com medo? Deixe o homem descansar, né, pois um homem descansado fica com a vista turva e a língua pesada.
Sim claro que a senhora deve ir para a festa de abertura da copa com uma roupa verde e amarelo, uma vuvuzela e milhares de segurança. Nunca se sabe mãe. É melhor andar prevenida do que remendada.
Guarde a camisa que lhe pedi, pois depois da Copa irei ai pegar. Grande abraço mãe Dilma.

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