"Prefiro Alckmin a Doria ou Bolsonaro" em 2018, afirma Dilma em entrevista

impeachment de Dilma Rousseff completou um ano na última quinta-feira (31), mesmo depois desse tempo a ex-presidente segue afirmando que o afastamento dela se deu com base em argumentos “ridículos” e que foi vítima de um “golpe”, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
“Não mediram as consequências de tirar uma presidente eleita sabendo que não havia crime de responsabilidade. É ridícula essa pedalada, principalmente nos dias que correm. Estão indo para um déficit de R$ 180 bilhões. Eles não fugirão de aumentar impostos”, afirma.
A ex-presidente falou ainda sobre as denúncias contra o atual presidente Temer, as delações da JBS, as chances de Lula e os nomes do PT e do PSDB à sucessão presidencial nas eleições de 2018.
Além, é claro, da carreira política dela. Quando perguntada sobre uma possível candidatura ao Senado ou à Câmara dos Deputados, pelo estado do Rio Grande do Sul em 2018, Dilma diz não ter nada definido ainda e que a decisão depende do desenrolar dos acontecimentos, mas garante: “da política, eu não saio”.
Denúncia contra Temer
Ao falar sobre a decisão da Câmara de barrar a denúncia de corrupção contra Michel Temer, Dilma diz – enquanto esfrega o polegar e o indicador em sinal de dinheiro –  que foi “uma decisão ideológica comprada a peso de ouro. O processo é de compra e venda”.
Delação
Dilma também foi citada na delação de Joesley Batista, mas minimiza as denúncias contra ela. “A última coisa que falaram foi que eu e o presidente Lula tínhamos uma conta na exterior. Essa conta era de US$ 150 milhões. Depois mudou para US$ 90 milhões. Depois apresentaram uma conta que pagou o casamento, um apartamento na Quinta Avenida e um iate [do dono da JBS]. É sempre assim”, rebate.
Eleições 2018: o nome de Lula
A ex-presidente faz uma análise do que espera para o cenário da eleição presidencial de 2018. “O golpe não é uma peça de um só ato. O primeiro foi o impeachment, para me afastar da Presidência e evitar que as investigações chegassem até eles. O segundo ato é afastar o ex-presidente Lula. Mas outro dia ele falou claramente: ‘Participarei da eleição preso ou solto, condenado ou absolvido, vivo ou morto’. Ele participará da eleição. Por isso algumas possibilidades estão sendo colocadas na mesa, como a farsa do parlamentarismo. Não afasto sequer a possibilidade de tentarem, de alguma forma, impedir a eleição em 2018”.
Eleições 2018: o plano B do PT
Sobre a existência no PT de um plano B, caso Lula seja impedido de se candidatar em 2018, Dilma afirma, “isso ainda não foi discutido. Quem vai ser é uma obra aberta. Do nosso ponto de vista, essa discussão é um absurdo. Por que nós iríamos nos antecipar? Não somos nós os algozes da democracia”.
Eleições 2018: os cotados do PSDB
Ao analisar os possíveis candidatos à Presidência em 2018, a ex-presidente diz preferir Geraldo Alckmin a Doria e a Bolsonaro. Dilma afirma não ver “consistência” na candidatura do prefeito de São Paulo. Por outro lado, “o Alckmin, de uma forma ou outra, é PSDB. Acho que eles ainda têm um pequeno compromisso com o país”, aponta.

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