Eunício pode presidir Senado ao lado dos rivais PSDB e PT

Em busca de consenso para presidir o Senado, o cearense Eunício Oliveira (PMDB) pode assumir o comando da Casa ao lado de nomes do PSDB e do PT. Em entrevista o senador disse trabalhar por chapa “convergente”, que respeite tamanho das bancadas. Com isso, tucanos podem ficar com a 1ª vice-presidência e petistas com a 1ª secretaria.

Segundo Eunício, o senador Paulo Bauer (PSDB-SC) é hoje cotado para a indicação do PSDB para o espaço na Mesa Diretora. Já entre o PT estão no páreo Paulo Rocha (PA), Humberto Costa (PE) e José Pimentel (CE), sendo o cearense o mais cotado para assumir a vaga. “Estamos construindo a chapa. Depois do dia 20, vamos discutir outras posições que cabem ao PMDB”.
Apesar de prevista no Regimento Interno do Senado, a proporcionalidade das bancadas na Mesa Diretora raramente é respeitada na prática. Na maioria das vezes, partidos de oposição abrem mão de lugares no comando da Casa para ficarem com a presidência de comissões estratégicas. Na atual Mesa, por exemplo, não existe nenhuma indicação do PSDB.
Outras indicações para a Mesa envolveriam o PP – que deve indicar Gladson Cameli (AC) – e o PSB – que pode indicar ou Lídice da Mata (BA) ou Antônio Carlos Valadares (SE). “Estamos conversando com todos os partidos, construindo em consenso”, diz. A eleição ocorre em 1º de fevereiro, quando termina mandato de Renan Calheiros (PMDB-AL) no comando do Senado.
Apoio de Kassab
Presente no Ceará para prestigiar posse de Domingos Filho no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o presidente nacional do PSD e ministro das Cidades, Gilberto Kassab, se comunicou ontem com Eunício Oliveira. Na conversa, o ministro teria garantido apoio formal do PSD à candidatura do peemedebista na Casa.
“O Kassab esteve no Ceará, e já disse que o PSD vai fechar questão. Vão votar todos junto conosco”, afirma o peemedebista. O partido do ministro tem quatro senadores.
Entre peemedebistas, Eunício voltou a descartar tese de disputa interna. Sobre rumores de que Renan Calheiros estaria trabalhando para enfraquecer sua candidatura, ele é direto: “No PMDB não tem briga, só convergência”, diz.
“Nessa época de eleição, sempre aparecem essas coisas, conversas. Como vim do grupo da Câmara, tem gente do Senado que ainda fala essas coisas”.
Com Informações O Povo

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