O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve no Senado Federal nesta terça-feira (29), data em que estava prevista a votação do projeto de lei que anistia os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram depredadas por apoiadores de extrema direita inconformados com o resultado da eleição presidencial.
Caso o projeto seja aprovado, Bolsonaro será um dos beneficiados, pois o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o tornou inelegível pelos próximos oito anos devido a ameaças e ataques ao sistema eletrônico de votação.
O ex-mandatário considera a anistia aos presos uma prioridade. Atualmente inelegível, ele deseja a anistia para poder concorrer novamente à Presidência da República em 2026.
Bolsonaro elogiou a iniciativa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de criar uma comissão especial para analisar o projeto de lei que propõe a anistia. Segundo o político, embora o processo seja mais demorado, essa decisão proporcionará mais segurança jurídica para a proposta que está sendo analisada.
“Claro que cada segundo para aquelas pessoas é uma eternidade”, afirmou, em em coletiva de imprensa.
A comissão especial envolve a instalação do grupo, a indicação dos membros pelos partidos, a eleição de um presidente e um relator, a elaboração de um cronograma de debates e, por último, a votação.
Caso a proposta seja aprovada, vai para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sobre isso, Bolsonaro brincou: “espero que o Lula seja o pai da Anistia. Apesar dos defeitos dele, acho que tem coração”.
Diante desse cenário, o político reafirmou sua candidatura à presidência e descartou a possibilidade de apoiar outros nomes da direita. Ele afirmou, inclusive, que não há direita no Brasil sem ele.
“Já tentaram várias vezes e não conseguiram. Esses caras juntam quantas pessoas no aeroporto num bate-papo? Não sabem a linguagem do povo, é uma utopia”.
Fonte: Jornal Jangadeiro