UFRJ fica sem luz e sem água por não pagar boletos; uma das dívidas chega a R$ 31 milhões

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) teve seu abastecimento de água interrompido nesta quarta-feira (13) por causa de dívidas. Nessa terça (12), a instituição já havia sofrido um corte no fornecimento de energia elétrica pelo mesmo motivo.

A concessionária Águas do Rio informou que chegou a se reunir várias vezes com a reitoria da universidade para chegar a um acordo em relação à divida. Na última sexta (8), teria sido, inclusive, formalizada uma proposta de desconto.

No entanto, conforme a empresa, o prazo para a proposta se encerrou na terça, e, como não houve retorno, ela decidiu começar a interromper o fornecimento de água em algumas unidades da instituição. “Vale destacar que nenhuma unidade de serviço essencial será impactada”, disse a Águas do Rio.

DÍVIDA NA CONTA DE ENERGIA

A UFRJ soma uma dívida de R$ 31,8 milhões só na Light, distribuidora de energia elétrica, referente a faturas vencidas entre março e novembro deste ano, além de R$ 3,9 milhões em parcelas não quitadas de um acordo firmado em 2020.

À época do acordo, a Light e a reitoria pactuaram o parcelamento de uma dívida de R$ 21,3 milhões. No entanto, até então, foram pagos apenas R$ 13 milhões.

Em nota, a universidade informou que recebeu a notificação do corte no último mês de julho, mas garantiu que não se negou a pagar dívida. “Em nenhum momento, a UFRJ se negou a pagar a dívida, tendo solicitado suplementação orçamentária ao MEC [Ministério da Educação]. Nesse período, a Procuradoria Federal, junto à UFRJ, conseguiu a antecipação de tutela para evitar o corte no fornecimento. A empresa de energia recorreu ao Judiciário e derrubou a antecipação de tutela”, disse a instituição.

Uma “extensa reunião” entre as partes ocorreu nessa terça, mas terminou “sem consenso”, “e a empresa de energia iniciou um processo de corte de fornecimento em 15 edificações da UFRJ”. “A reitoria já adotou medidas para reverter o mais rápido possível esse quadro”, concluiu a nota.

Fonte: Diário do Nordeste