Luizianne Lins está incomunicável há mais de 40 horas, diz assessoria

Parlamentar deve receber visita do serviço consular do Brasil, nesta sexta-feira (3)

A deputada federal Luizianne Lins (PT) e os demais brasileiros detidos pelo Governo de Israel devem receber visitas consulares da Embaixada do Brasil ao longo desta sexta-feira (3). A parlamentar, que participava de uma missão humanitária à Gaza promovida pela “Flotilha Global Sumud”, está incomunicável há mais de 40 horas, conforme nota de sua assessoria de imprensa.

Segundo o comunicado, o serviço consular do Brasil realiza as visitas no centro de detenção de Ketziot, no sul de Israel, para onde todos os detidos foram transferidos.

O objetivo das visitas é verificar as condições de integridade física e segurança dos brasileiros capturados, que também recebem assistência jurídica dos advogados da missão humanitária.

Ao todo, cerca de 500 pessoas que integravam a flotilha foram capturadas em águas internacionais pelas forças israelenses, entre eles, 12 brasileiros. Nesta sexta-feira (3), o Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou os primeiros ativistas deportados.

“Quatro cidadãos italianos já foram deportados. O restante está em processo de deportação. Israel quer encerrar este procedimento o mais rápido possível”, afirmou em um comunicado no X.

Na noite da última quarta-feira (1º), o Ministério das Relações Exteriores manifestou preocupação com cidadãs e cidadãos brasileiros participantes da flotilha, destacando o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais e o caráter pacífico do movimento.

“O governo brasileiro deplora a ação militar do governo de Israel, que viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica. No contexto dessa operação militar condenável, passa a ser de responsabilidade de Israel a segurança das pessoas detidas”, reforça.

O comunicado defende ainda o fim imediato e incondicional das restrições israelenses à entrada e distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e o cumprimento com as obrigações de um país ocupante frente ao direito internacional humanitário.

FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE