Festival Ceará Sem Fome acontece este mês em Fortaleza, com debates e programação cultural

A primeira-dama do Ceará, Lia de Freitas, falou com a TV Cidade Fortaleza sobre a programação do evento, fazendo ainda um apanhado das atividades do programa

O Festival Ceará Sem Fome, marcado para o dia 15 de outubro no Centro de Eventos do Ceará, é uma das ações centrais de comemoração e fortalecimento do programa Ceará Sem Fome, iniciativa coordenada pelo Governo do Estado e articulada pela primeira-dama Lia de Freitas. Durante entrevista à TV Cidade Fortaleza, ela destacou a dimensão do evento e sua importância para sensibilizar a sociedade sobre a luta contra a fome.

“Esse é um programa que acontece de trás para frente. É uma construção coletiva. Tudo que tem sido realizado até agora é fruto de muita roda de conversa”, afirmou, em entrevista exclusiva para o jornalista Miguel Anderson Costa, na manhã desta segunda-feira (6), no Balanço Geral Ceará Manhã.

O festival contará com painéis temáticos, debates, palestras e programação cultural, incluindo show da cantora Solange Almeida, embaixadora do projeto. Haverá ainda premiações para cerca de 200 cozinhas que se destacaram como “cozinhas transformadoras”, por desenvolverem ações que vão além da entrega de refeições. “Vamos premiar também quem está abrindo seus espaços para qualificar e gerar autonomia na sua comunidade”, disse a primeira-dama.

Além das discussões técnicas, o evento terá ainda o lançamento do livro Ceará Sem Fome – também disponível em e-book –, um documentário que conta a trajetória do programa e uma exposição fotográfica. Haverá também estandes com experiências de sustentabilidade, um espaço exclusivo da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ceará Sem Fome

Criado em 2023, o Ceará Sem Fome integra diversas políticas públicas em torno do combate à insegurança alimentar no estado. “O que é o Ceará Sem Fome? Ele vem trazer todas as ações do estado de garantir segurança alimentar”, explicou Lia. O programa nasceu de um diagnóstico feito no início da gestão, que revelou que mesmo famílias com acesso ao Bolsa Família ainda viviam com renda per capita inferior a R$ 218, valor considerado insuficiente para garantir a segurança alimentar.

Diante do cenário, o governo lançou um pacto coletivo envolvendo entidades privadas, religiosas, federações, universidades, organizações internacionais (como a ONU) e os Três Poderes. “Unimos esses setores para planejar o que cada um faz no Ceará e fazer com que o Ceará saia do mapa da fome”, destacou ela, durante a entrevista.

O programa se estrutura em três frentes principais:

Cartão Ceará Sem Fome – Um benefício no valor de R$ 300 mensais que atende famílias em situação de extrema vulnerabilidade.

Rede de Cozinhas Ceará Sem Fome – Hoje com 1.300 unidades espalhadas pelo estado, cada uma serve cerca de 100 refeições por dia, somando aproximadamente 130 mil refeições diárias.

Mobilização social e cultural – A terceira frente envolve a sociedade civil em ações de arrecadação de alimentos e sensibilização. “A gente correu por uma causa. Estou correndo por uma causa constantemente nos dois sentidos”, disse, em referência às corridas beneficentes organizadas pelo programa. Em uma delas, realizada com a participação da cantora Zélia Duncan, foram arrecadadas 15 toneladas de alimentos.

Outras ações

Além da festa no dia 15 de outubro, outras atividades estão programadas. No dia 16, Dia Mundial da Alimentação, vários equipamentos públicos e privados da capital serão iluminados de azul, incluindo o Museu da Imagem e do Som, em Fortaleza, e a própria sede da TV Cidade Fortaleza. Já no dia 18, uma corrida solidária será realizada na orla da Vila do Mar. A inscrição pode ser feita mediante a doação de 4 kg de alimentos. “Vai ser um sábado, cinco e meia da manhã. Tem um diferencial. ‘Ah, mas eu não gosto de correr.’ Pois tem também a caminhada, de três quilômetros, para quem não for fazer a corrida”, explicou ela.

Lia de Freitas aproveitou a entrevista para destacar que o programa tem foco não apenas na emergência da fome, mas na construção de autonomia das famílias atendidas. “A entrega dessa quentinha é um olhar atento desses agentes, uma escuta ativa fundamental para recuperar a convivência da comunidade.”

Fonte: Gcmais