Família Gil processa padre por racismo religioso
Parentes de Preta Gil pedem R$ 370 mil de indenização após sacerdote ironizar orixás e a fé da cantora
O sacerdote é acusado de intolerância religiosa e racismo religioso após fazer comentários considerados ofensivos sobre as crenças da artista e do pai dela, Gilberto Gil. A informação é do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
O episódio ocorreu dias depois da morte de Preta, em julho. Durante uma homilia transmitida ao vivo, o padre qualificou religiões afro-brasileiras como “forças ocultas” e ironizou a fé da cantora e do ex-ministro da Cultura. “Gilberto Gil fez uma oração aos orixás. Cadê o poder desses orixás, que não ressuscitou Preta Gil? Tá lá. Eles já enterraram. Pois é. E tem gente católica que pede a essas forças ocultas… Eu só queria que o diabo viesse e levasse”, declarou o religioso.
A ação foi movida por Gilberto Gil; a esposa, Flora Gil; os filhos do artista, Nara, Marília, Bela, Maria, Bem e José, e Francisco, filho de Preta Gil. A família pede uma indenização de R$ 370 mil pelos danos morais sofridos.
No processo, os advogados afirmam que a homilia foi amplamente reproduzida nas redes sociais, gerando uma onda de comentários preconceituosos e incentivando manifestações de intolerância religiosa.
O documento também informa que a Diocese de Campina Grande foi previamente notificada por meio de uma notificação extrajudicial exigindo retratação pública e punição ao padre Danilo César. Segundo a família, o pedido foi ignorado, o que motivou a judicialização do caso.
Fonte: Diário do Nordeste