Israel retoma cessar-fogo na Faixa de Gaza após ataques e acusações contra o Hamas
Hamas negou as acusações feitas por Israel e declarou ter recuperado o corpo de mais um refém israelense
O Exército de Israel anunciou neste domingo (19) a retomada da aplicação do cessar-fogo na Faixa de Gaza, após realizar dezenas de bombardeios contra alvos do grupo Hamas no território palestino, que deixaram ao menos 44 mortos. A suspensão temporária da ajuda humanitária no enclave e os ataques aéreos em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, ocorreram após o governo israelense alegar que o Hamas havia disparado mísseis antitanque contra soldados, causando a morte de dois militares — uma acusação negada pelo grupo palestino.
Em comunicado oficial, as Forças Armadas de Israel (IDF) informaram que, após ataques significativos em resposta às supostas violações do Hamas, começaram a aplicar novamente o cessar-fogo. As IDF afirmaram ainda que manterão o acordo e agirão firmemente contra qualquer nova violação. A medida visa evitar uma escalada maior no conflito, apesar da tensão ainda persistente na região.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ordenou uma resposta enérgica contra o que chamou de “alvos terroristas” na Faixa de Gaza, após a suposta violação do cessar-fogo pelo Hamas. Em comunicado, o gabinete do premiê ressaltou que consultas foram feitas com o ministro da Defesa e autoridades de segurança para definir as ações militares adotadas no enclave palestino.
Por sua vez, o Hamas negou as acusações feitas por Israel e declarou ter recuperado o corpo de mais um refém israelense, mas condicionou a entrega da pessoa ao cumprimento de certas condições no terreno. A tensão entre os dois lados permanece alta, e a situação humanitária na Faixa de Gaza é preocupante devido à suspensão temporária da entrada de ajuda.
O cenário atual reforça a fragilidade do cessar-fogo e a necessidade de negociações para evitar uma nova escalada de violência, que tem causado sofrimento à população civil na região. O conflito entre Israel e Hamas segue sendo um dos mais delicados no Oriente Médio, com repercussões internacionais e apelos para a retomada do diálogo.
FONTE:GCMAIS