Oito em cada dez brasileiros já acreditaram em uma notícia falsa. O dado, revelado pelo Instituto Locomotiva em pesquisa divulgada pela Agência Brasil, expõe o tamanho do desafio informacional no país — um terreno fértil para a erosão da confiança pública e corporativa.
Este não é apenas um problema do Brasil, mas do mundo. Em entrevista também à Agência Brasil, Tawfik Jelassi, diretor-geral adjunto da Unesco, afirmou que a desinformação será o principal risco global em 2025, exigindo legislações específicas em cada país. “…temos que combater a desinformação, o discurso de ódio e outros conteúdos online prejudiciais.”, alertou.
No universo digital, a conexão é direta: reputação e credibilidade deixaram de ser atributos de discurso para se tornarem ativos de sobrevivência. Não por acaso, informações do relatório “State of Digital PR”, (“Estado das Relações Públicas Digitais”, em tradução livre do inglês), feito pela BuzzStream, 99,4% e 96,5% dos backlinks, que seriam as referências das fontes dos conteúdos, são conquistados pelo lançamento de pesquisas ou para as organização de determinado especialista que contribuiu para aquela matéria.
A escalada global da desinformação
Números que traduzem a nova lógica: sem presença no jornalismo, marcas não se consolidam. E a classificação da Unesco recoloca a desinformação na categoria de risco sistêmico, ao lado de crises climáticas e sanitárias.
O diagnóstico descreve um fenômeno transnacional: campanhas de boatos afetam eleições, saúde pública e mercados financeiros, explorando lacunas regulatórias e a velocidade de circulação nas redes sociais.
A pressão cresce para que governos instituíram marcos legais e que empresas assumam responsabilidade sobre o conteúdo patrocinado ou impulsionado.
Confiança em disputa: impacto direto nas marcas
O levantamento do Instituto Locomotiva revela uma contradição brasileira: apesar de 8 em cada 10 já terem acreditado em fake news, 62% afirmam confiar na própria capacidade de identificar conteúdo falso.
Um quarto (24%) diz já ter sido acusado de compartilhar desinformação. Essa discrepância entre percepção e realidade amplia o risco para as empresas: basta um ruído para que uma marca seja associada a informações enganosas, com consequências imediatas para sua reputação.
Dados originais como ativo de confiança
A publicação de pesquisas próprias tornou-se um dos maiores identificadores de autoridades.
No ambiente digital, cada vez mais essa tendência ficou mais forte e o relatório feito pela BuzzStream mostra que, se usada por uma base inédita, metodologia transparente e séries temporais, que possam sustentar análises, podem ser usadas como um ativo de assessoria de imprensa e, ao mesmo tempo, ajudar a marca a aumentar sua classificação no Google.
Em entrevista à redação, Felipe Cardoso, CEO da Rank Certo, agência especializada em Link Building e Digital PR, aponta que esse é um processo que vem acontecendo há já alguns anos, se consolidando em 2022.
“Isso por conta de exigências técnicas do Google de conteúdos que mostrassem a expertise e a experiência das marcas dentro do seu segmento, transformando-as semanticamente em entidades nos seus campos de atuação”, explica o especialista.
Digital PR como política de credibilidade
Mais do que gerar tráfego, o Digital PR atua hoje como política de credibilidade. Em ciclos de desinformação, a presença de uma marca em veículos confiáveis funciona como antídoto: amplia a chance de correção rápida, oferece fontes de verificação e protege contra a erosão de reputação.
“Em 2025, link earning em veículos de referência deixa de ser métrica de SEO para virar métrica de negócio. Autoridade editorial, reduz CAC, acelera vendas e blinda a marca contra ondas de boatos”, completa Felipe.
Em um ambiente tomado por fake news, a consolidação de marcas depende de dois pilares inegociáveis — presença no jornalismo e investimento em pesquisas próprias, reforçando a sua autoridade. É aí que Digital PR e link building deixam de ser técnicas auxiliares de SEO para se tornarem estratégia central de sobrevivência reputacional e competitiva. O resto é ruído!

