PL atribui prisão de Bolsonaro a “intolerância religiosa” e articula reação política no Congresso
O PL (Partido Liberal) afirmou nesta segunda-feira (24.nov.2025) que a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro foi motivada por “intolerância religiosa”. A declaração ocorreu após uma reunião de emergência realizada pela cúpula do partido, dois dias depois de o ministro do STF Alexandre de Moraes determinar a detenção preventiva do ex-presidente, que já cumpria prisão domiciliar. Segundo o PL, a decisão teria relação com manifestações religiosas promovidas por Bolsonaro nas últimas semanas.
Cerca de 50 parlamentares estiveram reunidos para discutir estratégias políticas e jurídicas diante do novo desdobramento do caso. Integrantes da legenda afirmam que a prisão representa um “excesso” do Supremo e deve ser contestada tanto no campo judicial quanto no político. Deputados e senadores do partido defendem ampliar a pressão sobre o Congresso e mobilizar suas bases para reforçar a narrativa de perseguição ao ex-presidente.
A principal ofensiva planejada pelo PL é tentar votar ainda nesta semana, no plenário da Câmara dos Deputados, um projeto de anistia para investigados e condenados pelos atos de 8 de Janeiro e por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. A proposta, que vinha avançando lentamente, ganhou tração após a prisão de Bolsonaro e deve enfrentar forte resistência da oposição e de setores da sociedade civil. O cenário cria mais um capítulo de tensão entre Legislativo, Judiciário e aliados do ex-presidente, ampliando a instabilidade política em Brasília.
Fonte: Poder360

