Cresce o número de pessoas com diabetes e Brasil é o 6º país mais afetado no mundo

“Eu pensei que os exames alterados eram um erro, justamente porque não tinha sintomas”, conta Nayara Dantas sobre o diagnóstico de diabetes. O relato sobre os sintomas — silenciosos — da médica veterinária é parecido com o de muitos pacientes quando descobrem a doença. Cerca de 589 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos convivem com a condição no mundo, sendo que mais de 16 milhões são no Brasil, o que coloca o país em 6º no ranking mundial, de acordo com o atlas global da doença, publicado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês).

Nos últimos quatro anos, o país teve uma alta de quase 6% no número de pessoas que desenvolveram a doença. Segundo o Dr. Humberto Guedes, especialista em saúde metabólica, um dos principais desafios da diabetes no Brasil é a negligência com a própria saúde e a falta de prevenção. “O brasileiro não tem o costume de realizar exames preventivos e deixa a saúde em segundo plano, indo ao médico apenas quando realmente se sente doente. E a diabetes, principalmente a tipo 2, não possui sintomas até maiores complicações”.

Existem alguns tipos de diabetes, sendo que as mais comuns são a tipo 1, considerada uma doença autoimune em que o pâncreas não produz insulina o suficiente, portanto, não há formas de prevenir; já a tipo 2 é comumente relacionada ao estilo de vida e genética, sendo possível de preveni-lá. “A diabetes tipo 2 precisa de acompanhamento e de mudança dos hábitos alimentares e de vida. Sabemos que o sedentarismo e a má alimentação estão muito presentes e as pessoas não estão dispostas a mudar. A população anda cada vez mais estressada e dormindo cada vez menos e com pior qualidade. Cessar o tabagismo e ter controle do consumo de álcool são alguns dos fatores primordiais quando falamos de prevenção da diabetes”, explica o médico.

Descontrole resulta em casos mais graves

A melhoria nos hábitos de vida não é apenas uma forma de prevenir, mas também de controlar a doença quando ela de fato é diagnosticada. Apesar de não ter cura, é possível uma remissão na diabetes tipo 2, até mesmo para sair das medicações. Mas quando o estilo de vida não muda, as complicações aumentam, como a demora na cicatrização de feridas e lesões, o que leva a infecções, visão turva, fadiga e cansaço extremo. “Eu já tive crise de ansiedade, fiquei em coma e quase perdi a visão de um olho por conta de uma retinopatia, uma complicação causada pelo descontrole da doença”, alerta Nayara.

A médica veterinária conta que, por conta dos cuidados com o seu filho, deixou a atividade física de lado, mas afirma que a diabetes é sinônimo de controle, tanto da alimentação, quanto do emocional e nos hábitos. “É muito difícil, porque a gente não sente dor e só percebe algum problema quando a doença realmente está descontrolada, como no caso da hipoglicemia, ou quando ela está alta por muito tempo. A mensagem que eu deixo é cuidem e controle, porque os problemas da diabetes você vê com o passar do tempo”.

De acordo com Humberto, alguns pacientes que possuem a doença perdem a sensibilidade dos membros, pois a diabetes afeta as terminações nervosas, o que resulta em feridas e lesões com difícil cicatrização. “A diabetes afeta a vida das pessoas e muitas não entendem o impacto negativo. Quanto mais cedo entender e tratar, menores serão as complicações e o impacto psicológico e físico, além de um melhor prognóstico econômico e social”. O médico ainda afirma que os gastos para mudar os hábitos de vida são menores do que os custos com possíveis internações e medicamentos.

Tratamento e diagnóstico

Atualmente, as medicações que tratam a doença visam diminuir a resistência à insulina. “O corpo de uma pessoa diabética começa a ter resistência à insulina, ou seja, ela tem que ser cada vez mais alta para que o seu organismo absorva o excesso de açúcar no seu sangue”, explica Humberto. Como parte do tratamento, também está a mudança de hábitos, que auxilia na remissão.

Além dos fármacos, existe a necessidade de monitoramento da glicose. A frequência depende do tipo e do plano de tratamento. Nayara utiliza um sensor colado na pele, que indica os níveis de glicose, eliminando a necessidade de picadas no dedo e facilitando o controle. Além disso, seu tratamento consiste na aplicação de insulina basal todos os dias. Para facilitar esse processo, a FirstLab, referência na fabricação de produtos para análises clínicas, oferece seringas descartáveis com agulhas fixas para insulina, garantindo qualidade e segurança no uso.

As seringas são equipadas com agulhas ultrafinas que minimizam a dor e o desconforto durante a aplicação. As agulhas com o calibre 29G são indicadas para pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 25, enquanto as agulhas 30G são recomendadas para pacientes com IMC abaixo de 25. Esses produtos são desenvolvidos para atender tanto às necessidades dos profissionais de saúde quanto dos portadores de diabetes, proporcionando uma aplicação de insulina eficiente e segura.