O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) ficará mais caro em 2026 para o contribuinte cearense. Isso porque houve valorização de cerca de 1% no preço dos veículos usados no Estado.
As alíquotas do IPVA seguem as mesmas de anos anteriores, de 1% a 3,5% do valor venal dos veículos.
A informação foi dada pelo secretário estadual da Fazenda, Fabrízio Gomes, em entrevista à rádio Verdinha FM, na manhã desta segunda-feira (22).
O secretário explicou que o cálculo do imposto é diretamente impactado pelo comportamento do mercado automotivo. Embora alguns modelos sofram redução de preço, a média geral registrou alta, o que eleva a base de cálculo do tributo.
Segundo ele, a expectativa é arrecadar cerca de R$ 2,2 bilhões, o que representa um aumento de 11,91% em comparação ao ano anterior.
Composição da arrecadação
O aumento de quase 12% na receita não se deve exclusivamente ao reajuste de preços dos carros seminovos.
O secretário esclareceu que a composição do valor total arrecadado também considera a expansão da frota circulante e a projeção de vendas de veículos novos.
“Esse aumento é decorrente dos veículos que têm hoje rodando e também projetamos os veículos novos que entrarão no mercado”, afirmou Gomes.
A base de cálculo utilizada pelo estado é a Tabela Fipe, que reflete os valores praticados no mercado nacional. Sobre esse valor de mercado, aplica-se a alíquota correspondente ao tipo de veículo para chegar ao valor final do IPVA pago pelo contribuinte.
Benefícios e destinação dos recursos
Para mitigar o impacto no bolso do cidadão, o governo oferece um desconto de até 10% para pagamentos em cota única (5% de desconto padrão somado a até 5% pelo programa “Sua Nota Tem Valor”).
Quem optar pelo parcelamento poderá fazê-lo em cinco prestações fixas, com vencimentos entre fevereiro e junho de 2026.
Os recursos obtidos com o IPVA não possuem uma vinculação exclusiva, sendo direcionados ao Tesouro Estadual para custear políticas públicas essenciais.
O secretário enfatizou que essa arrecadação sustenta um volume histórico de investimentos, que já ultrapassou R$ 4,7 bilhões neste ano, aplicados em áreas como segurança, saúde e educação.
Fonte: Diário do Nordeste

