O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais sete pessoas se tornaram réus na Operação Lava Jato. A denúncia contra o petista foi aceita pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos em primeira instância, e o correlaciona a crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. É a terceira vez que Lula se torna réu apenas na Operação Lava Jato. Recentemente, a Justiça federal também aceitou denúncia contra ele na Operação Zelotes, além do processo que foi instaurado pela Operação Janus. As informações são do portal G1.
A denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) foi apresentada à Justiça na quinta-feira (15) e trata da compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula, além de um imóvel vizinho ao apartamento do petista. O documento sugere que a Odebrecht pagou propina a Lula via aquisição do imóvel onde funciona o Instituto Lula, em São Paulo. O valor foi de R$ 12.422.000. Outros R$ 504 mil foram usados para a cobertura vizinha à residência do petista em São Bernardo do Campo.
Além de Lula, tornaram-se réus no processo: o ex-Ministro da Casa Civil Antônio Palocci, Branislav Kontic; Demerval de Souza Gusmão Filho; Glaucos da Costamarques; o chefe da empreiteira, Marcelo Bahia Odebrecht; a esposa do ex-presidente, Marisa Letícia Lula da Silva; e Roberto Teixeira.
Moro determinou também o sequestro do imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente Lula. “Embora o imóvel esteja em nome de seus antigos proprietários, Augusto Moreira Campos e Elenice Silva Campos (que não tem qualquer relação com o ilícito), há, como acima exposto, indícios de que pertence de fato ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o teria recebido, segundo a denúncia, como propina do Grupo Odebrecht”, escreveu o juiz.
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