A massa de salários em circulação na economia cresceu quase R$ 5 bilhões no período de um ano, graças ao aumento no número de pessoas trabalhando. No entanto, o avanço de 2,7% na massa de rendimento real no trimestre até agosto ante o mesmo período no ano passado foi considerado não significativo estatisticamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por conta da metodologia da pesquisa.
“Aumentou o número de pessoas recebendo, mas não aumentou a massa de salários. A entrada de pessoas não foi suficiente para mexer com a massa de rendimentos”, declarou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. A massa de renda alcançou R$ 186,722 bilhões. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE.

Segundo Azeredo, a entrada de trabalhadores via informalidade, que tradicionalmente têm renda mais baixa, ao mesmo tempo em que aumenta o número de pessoas no setor público, onde os salários são mais altos, acaba mantendo a média da renda e da massa de salários estáveis.
“Isso se compensa, mostra que não é suficiente para aumentar de forma significativa a massa de rendimentos”, avaliou Azeredo.