Festa de Corpus Christi celebra sagrada Eucaristia com santa missa e procissão
O mistério da Eucaristia, o “Corpo de Deus” foi celebrado na Festa de Corpus Christi na quinta-feira, 31. “A Eucaristia nos proporciona antecipar na terra a realidade eterna que viveremos no céu. Na eucaristia podemos adorar a Deus face a face”, ressalta o bispo diocesano Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos em Santa Missa na Catedral de Nossa Senhora da Conceição (Sé). Após a missa das 16h, fiéis seguiram em procissão pelas ruas da cidade.
“Estamos reunidos em torno do altar para realizar o que Jesus nos pediu: Fazei isto em memória de mim. Estamos aqui para adorá-lo, para comungar o Corpo de Cristo. Não somos dignos. Ele que nos dignifica”, explica Dom Vasconcelos. Concelebraram a santa missa o vigário geral da Diocese, Monsenhor Gonçalo de Pinho Gomes, o chanceler da Cúria e pároco do Patrocínio, Pe. Agnaldo Temóteo, o pároco da Catedral, Pe. Lucione Queiroz e o vigário, Pe. Herlandino Sampaio, o reitor do seminário propedêutico, Pe. Jocélio Mendes Medeiros, o capelão da Capela de Nossa Senhora das Graças no Abrigo, Pe. Fábio Mota e o sacerdote da Comunidade Shalom, Pe. Paulo Henrique.
Celebrar o corpo de Cristo é antecipar as alegrias do céu, de acordo com Dom Vasconcelos. O bispo diocesano lembra ainda que como cristãos católicos temos vivido momentos solenes, como a Ascensão do Senhor, Pentecostes, Santíssima Trindade e na festa de Corpus Christi somos congregados em torno do altar para celebrar o Corpo e o Sangue de Cristo. “Em cada celebração, sentimos o amor de Deus, um Deus sedento que manifesta o desejo de fazer aliança conosco, de estar no meio de nós e dentro de nós”.
No domingo da Santíssima Trindade, proclamamos a fé em Deus uno e trino, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. “Não podemos explicar Deus, mas podemos senti-lo e tocá-lo. O Deus invisível assumiu nossa condição humana e fragilidade menos no pecado. Quis sentir a fome, a sede, as dores, a morte e tudo por puro amor”, garante.
Aliança
Na primeira leitura do dia, vemos Deus que quer fazer uma aliança com seu povo e o liberta da escravidão do Egito, entrega as tábuas da lei, os 10 mandamentos para serem sinal visível da presença invisível e Deus. “O povo promete que fará tudo o que o Senhor disser. Deus estabelece uma aliança de sangue e Moisés asperge sobre o povo o sangue dos novilhos. É um pacto de sangue. O povo foi infiel, mas Deus quis permanecer fiel como Sumo Sacerdote e redimiu a humanidade por seu sangue derramado na Cruz”, ressalta.
Em um mistério de amor, Jesus quis que participássemos de sua Paixão e de sua glória ao comermos do seu Corpo e do seu sangue. “Se não comerdes a carne do filho do homem e não beberdes seu sangue, não tereis a vida em vós”, lembra as palavras de Jesus. Muitos afirmavam que Jesus não sabia o que dizia, mas ele insistia. “Meu corpo é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem come minha carne e bebe meu sangue permanece em mim e eu nele”, justifica. Esse mistério se apresenta intensamente com a quinta-feira santa e a instituição da Eucaristia. “O sacrifício da Cruz se perpetua na história e Deus concede a graça de sermos sacrário vivo e comungarmos do seu corpo que nos dá vida”, destaca.
Deus nos dá oportunidade de anteciparmos o que viveremos no céu. “Onde existe vida, é necessário que se alimente e haja uma fonte e a fonte para a vida eterna é Cristo Jesus, o manjar dos céus, o pão da vida eterna. Que milagre tão grande. Nós nos extasiamos diante da humildade de Deus que quis ser homem, que quis ser pão. No calvário se escondia a santidade e na eucaristia se esconde a humanidade de Cristo. Verdade tão grande e tão compreensível, inefável. É necessário mergulhar nesse mistério”, garante. Seguir Jesus eucarístico em procissão é “seguir aquele mesmo Jesus que caminhou pela Galiléia” para pedir paz para o mundo.