Volume de óbitos ocorridos e registrados no mesmo ano no Ceará, nos últimos 11 anos, aumentou 32,0%

Óbitos
• Nos últimos 11 anos, conforme as estatísticas do Registro Civil, no estado do Ceará,
o mês que tem maior frequência de óbitos é maio e o de menor é novembro.
• Número de óbitos cresce em todas as faixas etárias para os maiores de 15 anos,
entre 2008 e 2019
• O número de óbitos está se concentrando nas idades mais avançadas.

O volume de óbitos ocorridos e registrados no mesmo ano no Ceará, nos últimos 11 anos, aumentou 32,0%, passando de 40.869, em 2008, para 53.945, em 2019. Esse crescimento ocorreu em virtude da diminuição da mortalidade nas idades iniciais, o que fez com que um maior contingente de indivíduos chegasse às idades mais avançadas, gerando, assim, um incremento no número de óbitos nessas idades que apresentam mortalidade elevada.

Enquanto nas idades iniciais os declínios foram expressivos, nas idades intermediárias (dos 30 aos 54 anos) houve poucas mudanças. Os maiores declínios para ambos os sexos nas faixas iniciais foram observados nos grupos de 5 a 9 e 10 a 14 anos, 23,5% e 27,0%, respectivamente.

A partir dos 55 anos, acréscimos importantes no total de óbitos registrados ocorreram em
função do processo de envelhecimento populacional no estado. No grupo populacional de
85 anos e mais o aumento do número de óbitos nesse período foi de 60,6%.

Nos últimos 11 anos, no Ceará, a maioria dos óbitos é de pessoas de 65 anos ou mais de idade
Nas últimas quatro décadas, pessoas que até então não conseguiam alcançar as idades
mais avançadas, em função do alto nível de mortalidade, começaram a envelhecer, fazendo com que o número de óbitos registrados de pessoas de 65 anos ou mais de idade aumentasse ao longo desse período. Em 2008, mais da metade dos óbitos registrados foi proveniente desse grupo etário (58,1%); e em 2019, esse percentual alcançou 62,5%. Por outro lado, houve declínio da participação dos óbitos de menores de 5 anos de idade, de 3,6% em 2008 para 2,9% em 2019.

A mortalidade é diferenciada por sexo, e, normalmente, a masculina é superior à feminina ao longo de toda a vida. Contudo, em um determinado intervalo de idade, entre jovens e adultos jovens, esse diferencial se acentua. As causas principais para o aumento dessa diferença são os óbitos por causas externas (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc.), que incidem com mais intensidade na população masculina. De acordo com a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, esses óbitos são registrados, segundo a sua natureza, como óbitos não naturais.

Em 2008, a sobremortalidade masculina por causas não naturais no grupo de 25 a 29 anos foi da ordem de 10,2, isto é, naquele ano um cearense do sexo masculino de 25 anos tinha, aproximadamente,10 vezes mais chance de não completar os 30 anos do que um indivíduo do sexo feminino. Em 2019, 11 anos depois, este valor correspondia a 7,3, o que configura um decréscimo de 27,9% no período. Contudo, se forem considerados somente os registros de óbitos por causas naturais no grupo de 25 a 29 anos, um homem de 25 anos teria 1,6 vez mais chance de não completar os 30 anos do que uma mulher na mesma idade no ano de 2019.

Informações do IBGE