Servidores da Santa Casa de Sobral protestam para Dom Vasconcelos assinar Termo de Ajustamento de Conduta
Trabalhadores e representantes do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviço de Saúde no Estado do Ceará (Sindsaúde), protestam na manhã desta quarta-feira (09), na frente da Diocese de Sobral, região Norte do Estado, em prol da assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (Tac) para regularizar a situação da Santa Casa perante a Prefeitura da cidade.
No último dia 29 de setembro, o prefeito de Sobral, Ivo Gomes, determinou por meio de decreto que o município assumiria a gestão da Santa Casa de Misericórdia, alegando má conduta na gestão de recursos públicos oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS). Na ocasião, assumiu como interventora, a ex-secretária de saúde do município, Regina Carvalho. A intervenção ocorreu em meio a inúmeras denúncias de salários atrasados e sucateamento da estrutura.
Os representantes do Sindsáude alegam que os trabalhadores da instituição estão sob ameaça trabalhista em decorrência da aplicação de contratos temporários por parte da intervenção. Segundo os sindicalistas, os contratos ameaçam a manutenção dos empregos e preservação dos direitos trabalhistas.
Desta forma, o movimento solicita a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta que foi determinado pela Junta Interventora para regularização do funcionamento da Santa Casa. Durante reunião que definiu a assinatura do Tac como requisito para retorno da antiga gestão, a Diocese solicitou que a auditoria executada pela Prefeitura do município, fosse acompanhada pela Receita Federal. O pedido foi negado diante da alegação de que o órgão federal não seria responsável nesta seara administrativa.
O Sindsaúde tem realizado reuniões internas e tentado contato com a antiga gestão da Santa Casa desde a última semana para tratar com Bispo de Sobral sobre a situação dos trabalhadores.
Segundo o sindicato, o órgão enviou solicitação de audiência na última sexta-feira (04), para se reunir com o Dom Vasconcelos. Conforme os servidores, os pedidos não foram respondidos e por isso foi iniciado um protesto na frente da Diocese de Sobral.