Os brasileiros mais vencedores em cinco esportes individuais
Ser atleta no Brasil não é para qualquer um, mas em esportes individuais essa missão muitas vezes beira o impossível e aqueles que se destacam se tornam verdadeiros heróis da nação. Ao longo da história, diversos competidores brasileiros superaram todas as barreiras e dificuldades e deixaram um legado para o país e suas respectivas modalidades.
Entre campeões olímpicos, mundiais ou até aqueles que se tornaram referência por abrir as portas para um caminho de sucesso no esporte, cinco nomes diferentes, de modalidades distintas, se destacaram como os maiores vencedores em suas áreas de atuação.
Yuri Martins (poker)
Antes de começar, é preciso reforçar para quem ainda não sabe: desde 2010 o poker é reconhecido no mundo todo como um esporte da mente e, portanto, é apto até para fazer parte dos Jogos Olímpicos um dia, devendo atender a uma série de requisitos do COI para tal.
Dito isso, o Brasil tem diversos jogadores que poderiam aparecer nessa lista, mas o paranaense Yuri Martins se destaca por ser o único a ter conquistado três títulos da World Series of Poker, a Copa do Mundo da modalidade. Hoje com 32 anos, o jogador nascido em Curitiba faturou dois braceletes de ouro em eventos presenciais na cidade norte-americana de Las Vegas, em 2019 e 2023, e outro em torneio online realizado no ano de 2020.
Yuri faz parte de uma seleta lista de 27 brasileiros que já foram campeões mundiais, somando ao todo 31 conquistas para o Brasil. Na WSOP, a vertente utilizada é o Texas Hold’em, categoria mais popular e que utiliza o modelo padrão das regras do poker, assim como na maior parte dos principais eventos do circuito profissional.
Maria Esther Bueno (tênis)
Para quem é mais novo e não conhece muito a história do tênis brasileiro, o nome de Maria Esther Bueno pode até soar estranho, mas de fato a ‘Bailarina do Tênis’ é até hoje e deverá permanecer ainda por muito tempo como a maior representante do país de todos os tempos com uma raquete na mão.
Nascida em 1939, a paulistana dominou o circuito mundial na década de 1960 e faturou nada menos do que 19 títulos de Grand Slam na carreira, sendo sete nas simples, 11 nas duplas femininas e um nas duplas mistas. Ela foi considerada a número 1 do mundo em 1959, 1964 e 1966, além de faturar quatro medalhas Pan-Americanas, com destaque para o ouro individual em São Paulo-1963.
Rebeca Andrade (ginástica artística)
Já nos tempos atuais, o grande nome do esporte brasileiro é uma mulher de 25 anos, natural de Guarulhos e residente no Rio de Janeiro. Hoje, Rebeca Andrade não é apenas o maior nome da ginástica artística do Brasil, mas a maior atleta olímpica da história do país, sendo a única a ganhar seis medalhas no principal evento esportivo do planeta.
Depois de um ouro e uma prata em Tóquio-2020 (realizado em 2021), ela fez ainda mais bonito nos Jogos de Paris-2024 e conquistou mais um ouro, duas pratas e um bronze. Com idade de sobra para voltar em Los Angeles-2028, Rebeca pode aumentar ainda mais essa coleção e se consolidar de vez como uma das maiores estrelas do esporte brasileiro em todos os tempos.
César Cielo (natação)
A natação é a quarta modalidade que mais medalhas já trouxe para o Brasil em Jogos Olímpicos, e historicamente há diversos nomes importantes que representaram o país nas piscinas pelo mundo. No entanto, apenas um conseguiu faturar um ouro e subir no degrau mais alto do pódio, o paulista César Cielo.
Dono de três medalhas olímpicas, Cielo ganhou a prova dos 50 metros livre em Pequim-2008, edição na qual também ficou com o bronze nos 100 metros. Quatro anos depois, em Londres, chegou em terceiro nos 50 metros. Ele é desde 2009 o detentor do recorde mundial da prova de tiro curto.
Aurélio Miguel (judô)
Nos tatames, o paulistano Aurélio Miguel é muito mais do que um dos judocas mais vencedores da história do Brasil. Ele é considerado uma espécie de pioneiro, sendo responsável pela primeira medalha de ouro olímpica do país na modalidade, em Barcelona-1992. Ele voltaria a subir no pódio em Atlanta-1996 com um bronze.
Em Mundiais, são dois vice-campeonatos e um terceiro lugar, além de um ouro e uma prata em Jogos Pan-Americanos. Para fechar essa lista incrível de feitos, Aurélio Miguel é o único brasileiro presente no Hall da Fama do Judô, estando eternizado entre as maiores lendas do esporte mundial.