Alerta | Quase 40 cidades cearenses correm risco de falta de oxigênio, diz Aprece

O fornecimento de oxigênio para pacientes com casos graves de Covid-19 está sob risco em ao menos 39 cidades cearenses, segundo Júnior Castro, presidente da Associação dos Municípios do Ceará (Aprece). De acordo com Castro, que também é prefeito de Chorozinho, foram realizadas reuniões com a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) durante este sábado, 13, para discutir a solução dos problemas. Para evitar tumultos nos locais afetados, os nomes dos municípios não serão divulgados pela associação.

Entre as ações debatidas com a Sesa, conforme Castro, há a disponibilização de quase 100 leitos em cidades que não estejam sob risco de escassez, para transferir pacientes em estado mais grave, que demandam maior consumo de oxigênio. Neste sábado, 13, o governador Camilo Santana inaugurou leitos para Covid-19 em Limoeiro do Norte e em Fortaleza. A transferência dos pacientes a estes leitos já foi iniciada.

Mais produção de oxigênio

Outra medida citada pelo presidente da Aprece será o acordo com a White Martins, uma das fabricantes do gás no Estado, de ampliar a produção para atuar 24 horas por dia. O objetivo é fornecer material à concorrente Messer, que atende contratos de compra menores que os da White Martins, e trabalha com distribuidoras que vendem o insumo aos municípios do interior, e também a possibilidade de abastecer as próprias distribuidoras. Na semana passada, uma distribuidora de oxigênio em Fortaleza informou que o fornecimento poderia ficar comprometido no Estado inteiro.

Problemas de logística e oxigênio adulterado dificultam distribuição no Ceará

Segundo Castro, o fechamento de duas empresas que estariam adulterando oxigênio hospitalar tem relação com os problemas de distribuição. Uma delas, em Tianguá, atendia municípios da Serra da Ibiapaba, além de cidades do Maranhão e do Piauí. O proprietário da empresa de Tianguá é pai do dono de outra distribuidora, em Caucaia, fechada em novembro de 2020 também por adulteração de oxigênio. A segunda empresa, fechada na sexta-feira, 12, funcionava em Pentecoste e atendia hospitais do Vale do Curu.

Castro pontua ainda que apoia as operações e entende sua importância para garantir a qualidade dos produtos oferecidos aos hospitais e evitar agravamento no estado de saúde dos pacientes. No entanto, segundo ele, é preciso maior transparência das operações sobre os motivos que levam ao fechamento das empresas, se há comprovação das adulterações ou se são apenas questões burocráticas ou de documentação. Com a ação deste sábado, afirma o presidente da Aprece, diversos municípios da Região Norte do Estado ficaram sem fornecimento de oxigênio hospitalar.

Informações O Povo

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