A russa criada no Brasil Elke Maravilha, faleceu na madrugada de hoje, 16, no Rio de Janeiro, aos 71 anos, após ter estado em coma induzido desde o fim de junho passado. Ela havia sido submetida a uma cirurgia para tratar de uma úlcera renal e de acordo com os médicos, seu estado não era grave.
Ícone que recebeu ainda mais destaque nos anos 80, participando do programa do Chacrinha, Elke veio para o Brasil aos seis anos de idade enquanto a família fugia de perseguições políticas. No fim dos anos 60, a filha de um russo e uma alemã começou a carreira de modelo, chamando atenção por sua beleza exótica. Ousada, polêmica e autêntica, Elke chegou a ser presa por alguns dias em 1971 durante o regime militar no Brasil por desacato, tendo sua cidadania brasileira cassada e tornando-se apátrida. O anúncio de sua morte foi dado no Facebook, na página da atriz. “Avisamos que nossa Elke já não está por aqui conosco. Como ela mesma dizia, foi brincar de outra coisa. Que todos os deuses que ela tanto amava estejam com ela nessa viagem. Eros anikate mahan (O amor é invencível nas batalhas). Crianças, conviver é o grande barato da vida, aproveitem e convivam”, dizia a postagem.
Sua carreira como atriz foi composta por quase 30 filmes e diversas peças de teatro, além de participar de novelas e outros programas de TV nacionais. Xica da Silva, A Noiva da Cidade, Prisioneiros do Rio, Xuxa Requebra, Mato sem Cachorro e Meu Passado me Condena, foram alguns dos trabalhos que tiveram a participação de Elke Maravilha. Suas últimas contribuições foram para a série As Canalhas e o filme Carrossel 2.
Jornalista, editor chefe e blogueiro raiz