Após redução da capacidade de público, empresas se organizam para adiar eventos em Fortaleza

Após a redução de 90% da capacidade de público em eventos no Ceará, cerimônias e festas deverão ser adiadas e/ou readequadas para respeitar o limite estabelecido. Até o fim de janeiro, Fortaleza tinha pelo menos seis shows e festivais previstos.

O setor aponta “grande impacto”, mas não quantifica o número de eventos afetados. O novo decreto restritivo, que entra em vigor nesta quinta-feira (6), prevê até 500 e 250 pessoas em ambientes abertos e fechados, respectivamente, o que representa 10% do permitido anteiormente. Pela regra anterior, o público permitido era de 5 mil e 2,5 mil.

O texto também prevê a suspensão de todos os eventos de Carnaval e Pré-Carnaval. A medida terá validade de 30 dias.

Segundo a presidente do Sindicato das Empresas organizadoras de Eventos e Afins do Ceará (Sindieventos-CE), Circe Jane Teles, o prejuízo recairá mais sobre casamentos e outros encontros sociais.

“A gente sabe ser um impacto grande de alguma forma, principalmente, em eventos sociais”, avalia. Segundo Jane Teles, não há dados sobre os eventos previstos por envolver mais festividades neste perfil.

“Neste período de janeiro, não há eventos corporativos em razão da alta estação, quando o maior fluxo é voltado para o turismo. Felizmente, foi apenas a diminuição e não houve proibição”, observa.

A presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos no Ceará (Abeoc-CE), Enid Câmara, informou que alguns associados já iniciaram o cancelamento de realizações agendadas para fevereiro.

“Acredito que o setor corporativo já pagou uma conta muito alta, não merecia sofrer um corte tão alto. É importante as autoridades sanitárias separarem os protocolos dos eventos, por tipologia: corporativos, social e entretenimento. São perfil de comportamentos diferentes”, afirma.

Fonte: Diário do Nordeste