Após ter celular furtado em Fortaleza, homem recebe ameaças com pedido de senhas
Criminosos fizeram ligações e enviaram mensagens ameaçando de matar o dono do aparelho. Caso é investigado pela Polícia Civil.
Um homem que teve o aparelho celular furtado de dentro da bolsa durante uma festa na Praia de Iracema, em Fortaleza, no último domingo (15), está recebendo ligações e mensagens de WhatsApp com ameaças de morte que ordenam que ele remova a proteção do aparelho que está na posse dos criminosos e repasse senhas.
Segundo a vítima, que terá a identidade preservada, um dia após o furto, ele comprou outro aparelho e recuperou o número de telefone. Logo em seguida, ela recebeu ligações de um número dos Estados Unidos, se passando por uma autorizada da Apple.
“Era uma gravação com uma voz feminina, dizendo ser da central da Apple, que eu tinha um iPhone perdido e se eu quisesse receber a localização teria que digitar a senha de desbloqueio”, relatou a vítima.
Desconfiado, o homem não seguiu a recomendação da falsa atendente e no mesmo dia começou a receber mensagens com ameaças pelo WhatsApp, mandando ele remover o iCloud do celular furtado. Até esta quarta-feira (18) as ameaças seguiam.
“Comecei a receber mensagens de um cara com uma foto com várias armas dizendo que sabia meu nome, descreveu meu nome completo, que sabia onde eu morava, onde eu trabalho e que teria que liberar o iCloud do celular, apagar tudo, senão ele iria me encher de bala”, falou o homem.
A vítima registrou um boletim de ocorrência no 34º Distrito Policial. Ao rastrear o celular furtado, a localização apontou que o aparelho está na região do antigo Beco da Poeira, no Centro de Fortaleza. De acordo com a Polícia Civil, o caso é investigado.
Dicas de segurança
Conforme o especialista em soluções de cibersegurança, Alberto Jorge, os usuários de aparelhos celulares pode adotar algumas medidas para garantir a segurança dos dados mesmo se o aparelho for roubado.
Colocar uma senha com caracteres especiais, com números, letras misturadas;
Usar uma senha de tamanho razoável, com 15 a 20 caracteres;
Usar aplicativos que solicitem senha do próprio programa para uso e;
Usar o duplo fator de identificação.
“Há como você minimizar. Hoje tem uma forma, por exemplo, para você mandar limpar todos os dados. No pós-acontecimento essa deve ser a melhor forma de agir, além de fazer o Boletim de Ocorrência”, disse Alberto Jorge.
Fonte: G1