Aprovados na primeira fase de concurso da UVA pedem continuação do certame; há possibilidade de anulação

Um concurso público formulado pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) está sendo alvo de um pedido de suspensão por parte do Ministério Público do Ceará (MPCE). O certame tem como objetivo preencher 145 vagas para professor efetivo das classes auxiliar, assistente e adjunto. O organismo, por meio de uma ação civil pública, atenta para possíveis indícios de irregularidades no processo de seleção.

O edital do concurso aponta que ele estava previsto para ser realizado em três fases — a primeira (Prova Escrita Dissertativa) foi concluída em 4 de dezembro de 2022, tendo o seu resultado divulgado no dia 1º de março deste ano. Já a segunda etapa está prevista para ocorrer dos dias 28 a 30 de março.

Com a possibilidade de suspensão do concurso, os aprovados na primeira fase do concurso estão pedindo celeridade no processo e continuação do certame, confira na íntegra o pedido:

No dia 4 de dezembro foi realizada a prova escrita (1ª fase) do Concurso para Professor Efetivo da UVA (Edital 09/2022), onde foi solicitada a identificação por CPF ao longo da prova. No edital, não havia proibição sobre a prática. Não houve contestação a isso ao longo das semanas que se sucederam.

No dia 15 de fevereiro foi divulgado o resultado parcial da prova e no dia 1 de março o resultado final, após recursos administrativos. Foi também divulgado um cronograma de atividades, com a realização da prova didática (2ª fase) prevista para ser realizada entre os dias 27 e 31 de março. Só na semana do 15 é que ocorreram manifestações públicas em desagrado pela realização da prova, especialmente por candidatos não aprovados no certame, indicando que havia um problema ligado ao uso do CPF, pois, segundo eles, após sua não aprovação, observaram o certame com os olhos de “pessoalidade”. Outro problema específico alegado nós concordamos, a composição de especialistas em 3 comissões examinadoras específicas, do total de 66 comissões (formadas por 3 professores cada). Mas a solução seria a recomposição dessas três bancas por membros que atendam ao edital.

Todavia, o certame foi totalmente suspenso, especialmente sobre o argumento de identificação via CPF. Atualmente, vários concursos usam esse tipo de identificação na prova, além de outros que usam ainda o próprio nome no candidato ou, de forma muito comum, a leitura pública da prova realizada pelo candidato, onde o próprio se revela desde logo. Não há proibição sobre o fato, apesar da comoção dos candidatos não aprovados.

Destacamos que a maioria absoluta dos candidatos aprovados não é de Sobral, ou alunos egressos da UVA. Há candidatos dos mais variados cantos do Brasil, que tiveram enormes prejuízos financeiros e observam com grande sentimento de injustiça a suspensão do certame e a possível reiniciação das provas, que favoreceria os maus candidatos e os que nem sequer foram fazer a prova (grande número).

Pedimos manifestações de apoio, à cada um de vocês que defende a luta pela classe de professores neste país, a fim de defender a lisura e honestidade dos professores componentes das bancas que foram ofendidas com dúvidas que carecem de materialidade, baseados em ilações, sobre suas ações, além da defesa de resoluções que minimizem as perdas dos candidatos dos mais variados cantos do país, que desejam que sua competência seja avaliada de forma justa, sem o benefício de outros que faltaram ou fizeram provas ruins, e que se beneficiariam do cancelamento e reinício de todo o certame.

Candidatos aprovados na Primeira Fase do Concurso da UVA

Posicionamento da Universidade Estadual Vale do Acaraú

O jornal Portal Sobral Online entrou em contato com a assessoria da UVA para solicitar uma posição sobre o pedido realizado pelo MPCE e pelos aprovados na primeira fase. Assim que a resposta for enviada, esta matéria será atualizada.