Bancada cearense vota contra reduzir pena de Bolsonaro, mas ausência de sete deputados chama atenção
A bancada federal do Ceará deu um recado claro na votação que analisou a redução da pena de Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses: se dependesse dos cearenses presentes, o ex-presidente cumpriria a pena integralmente. Foram 11 votos contra a diminuição da punição e apenas 4 a favor.
Mas o que mais chamou atenção não foi o placar — e sim o vazio deixado por sete parlamentares cearenses que simplesmente não compareceram à votação. Em um dos julgamentos mais simbólicos e politicamente carregados desta legislatura, a ausência em massa levantou questionamentos imediatos sobre compromisso, responsabilidade e estratégia eleitoral.
A postura dos ausentes, independentemente de posição ideológica, foi vista por analistas como um gesto de omissão calculada — uma tentativa de evitar desgaste político em um debate que dividiu intensamente o país. Enquanto alguns deputados assumiram voto explícito, outros preferiram não enfrentar o custo político da escolha, deixando a cobrança para o eleitorado.
A repercussão foi imediata: críticos afirmam que a bancada cearense perdeu a chance de demonstrar unidade e responsabilidade; apoiadores de Bolsonaro lamentam a falta de votos pela redução; opositores reforçam que a ausência equivale a se esquivar de uma decisão histórica. O fato é que a omissão virou o assunto da vez.
Como votaram os parlamentares do Ceará
Votaram pela REDUÇÃO da pena (SIM):
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André Fernandes (PL)
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Dayany Bittencourt (União)
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Dr. Jaziel (PL)
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Luiz Gastão (PSD)
Votaram contra a redução da pena (NÃO):
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André Figueiredo (PDT)
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Leônidas Cristino (PDT)
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Mauro Filho (PDT)
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Robério Monteiro (PDT)
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José Airton (PT)
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José Guimarães (PT)
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Luizianne Lins (PT)
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Célio Studart (PSD)
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Domingos Neto (PSD)
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Júnior Mano (PSB)
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Vanderlan Alves (União)
Ausentes — e agora no centro da cobrança pública:
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AJ Albuquerque (PP)
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Moses Rodrigues (União)
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Eunício Oliveira (MDB)
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Danilo Forte (União)
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Matheus Noronha (PL)
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Yuri do Paredão (MDB)
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Enfermeira Ana Paula (Podemos)
Ao final, a bancada cearense mostrou força — mas também expôs fragilidades. Quem votou, se posicionou. Quem se ausentou, entrou para a lista dos que preferiram não enfrentar o peso político do momento.
E o eleitor, como sempre, está tomando nota.

