Bolsonaro admite candidatura de Michelle à Presidência desde que seja nomeado para a Casa Civil
Bolsonaro comentou que seu filho, Eduardo Bolsonaro, está preparado e "seria um bom candidato" para o pleito de 2026
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) considera a possibilidade de lançar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para a Presidência em 2026, desde que ocupe o comando da Casa Civil em uma possível vitória. A fala ocorreu em entrevista à CNN Brasil nessa quinta-feira, 23.
Questionado, Bolsonaro disse “não ter problema” na candidatura da sua esposa. “Vi na pesquisa do Paraná Pesquisas que ela está na margem de erro do Lula. Esse evento lá fora vai dar uma popularidade enorme para ela. Não tenho problemas, seria também um bom nome com chances de chegar. Obviamente, ela me colocando como ministro da Casa Civil, pode ser”, disse.
Jair Bolsonaro está inelegível até 2030 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Embora nessa condição desfavorável, ele coloca-se como opção para o próximo pleito, contando com uma possível anistia para voltar a disputar o cargo para o Executivo nacional.
Durante a entrevista, o ex-chefe do Executivo também falou sobre o seu filho “03”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). Para o ex-presidente, ele está preparado e seria um bom candidato. Bolsonaro destacou, ainda, suas habilidades como articulador político.
Eduardo Bolsonaro manifesta vontade de concorrer à Presidência
Em dezembro de 2024, Eduardo deixou claro sua vontade de participar da corrida presidencial de 2026, mas destacou que seu pai é a primeira opção. Para o parlamentar, Bolsonaro segue como “plano A” e ele se colocou à disposição como um “plano B”.
A declaração foi feita durante um painel da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), na Argentina. Apesar da declaração, na época, o deputado ressaltou que não é um pré-candidato ao Planalto.
Michelle está “às ordens”
O nome de Michelle é ventilado desde 2023, quando Bolsonaro teve sua primeira condenação por abuso de poder, a ex-primeira-dama compartilhou nas redes sociais que estava “às ordens” do marido para uma possível candidatura.
“Eu continuo confiando, acreditando e ao seu lado (…) Nosso sonho segue mais vivo do que nunca. Estou às suas ordens, MEU CAPITÃO!”, escreveu. Um dia antes, em 29 de junho de 2023, Bolsonaro avaliou a opção de apoiar a esposa em caso do TSE torná-lo inelegível, o que viria a ocorrer, e afirmou, à época, que seria um bom cabo eleitoral.
“Lógico que sim (apoiaria uma candidatura de Michelle). Se eu estiver fora do jogo político, serei um bom cabo eleitoral. Tem vários bons nomes por aí, mas acredito até o último segundo na isenção e em um julgamento justo e sem revanchismo por parte do TSE”, disse o ex-presidente.
Outros nomes
Bolsonaro comentou outros nomes, como o do cantor Gusttavo Lima, que disse que irá se candidatar à presidência em 2026. “O Brasil precisa de alternativas. Estou cansado de ver o povo passar necessidade sem poder fazer muito para ajudar. Eu mesmo enfrentei muitas dificuldades na vida, mas aproveitei as oportunidades que recebi”, afirmou o cantor ao Metrópoles.
O ex-presidente avalia a ideia de forma positiva e destacou a sua popularidade. Entretanto, Bolsonaro sugeriu que o cantor tente uma vaga para o Senado primeiro, a fim de adquirir mais experiência.
“Ele tem idade e popularidade, mas, o resto, a gente não conhece. É um excelente nome para o Senado, mas, para a presidência, não sei se está maduro ainda”, disse à CNN Brasil.
Ele analisou também os nomes de Tarcísio Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, e Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás. Para Jair Bolsonaro, Tarcísio é um “excelente gestor”, mas precisa de uma conversa com o povo para entender se ele “está maduro para representar a direita”.
Já Caiado é visto como “bem avaliado lá [em Goiás]”, mas para Bolsonaro, “não sai de lá (…), não tem aceitação, não tem nome”, comentou.
Fonte: O Povo Online