Bolsonaro demite assessora fantasma conhecida como Wal

Após a publicação de uma reportagem em janeiro que expôs uma suposta funcionária fantasma que o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) mantinha, o deputado a demitiu nessa segunda-feira, 13. Walderice dos Santos da Conceição recebia verba da Câmara dos Deputados, mas mantinha uma loja de açaí em Angra dos Reis em horário comercial. No debate com outros presidenciáveis na TV Bandeirantes, Bolsonaro foi questionado por Guilherme Boulos (Psol) sobre a mulher e afirmou que o crime de Wal foi “dar água aos cachorros” do parlamentar.
O jornal Folha de S.Paulo foi até Angra dos Reis e encontrou a mulher vendendo açaí na loja que leva seu nome. Ela afirmou que trabalha lá e faz serviços particulares na casa do deputado. Mesmo assim, desde 2003, Wal recebe o salário de R$ 1.416,33 como uma dos 14 funcionários da Câmara dos Deputados de Jair. O deputado relatou, após a publicação do jornal, que Wal pediu para ser demitida, mas o processo seria mais complicado. Portanto, ele decidiu exonerá-la. Entretanto, nas conversas com a Folha, a mulher não mencionou o pedido.
Além de Wal, o presidenciável contrata serviços do marido da comerciante. Edenilson trabalha de caseiro naresidência de Bolsonaro. O político chegou a se pronunciar publicamente sobre o caso dando versões diferentes. Primeiro, afirmou que a loja de açaí seria da irmã de Wal. Depois, disse que quando o jornal procurou a funcionária fantasma, ela estava de férias. Esta última versão foi a que Bolsonaro falou no primeiro debate destas eleições.
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