Brasil estuda usar base aérea da Rússia na Síria para resgate de brasileiros no Líbano
Diplomacia quer ter na mesa múltiplas rotas para evitar surpresas em caso de contratempos durante eventual operação; resgate pelo oceano através do Chipre também não é descartado.
O governo do Brasil começa a definir as possíveis rotas para uma eventual operação de resgate de brasileiros no Líbano.
Em reuniões com chanceleres e representantes diplomáticos de outros países, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, discutiu a possibilidade de a ação cruzar a fronteira do Líbano e usar bases aéreas destes países como rota de evacuação.
Conforme revelado pelo blog de Gerson Camarotti, Vieira se reuniu na noite desta quinta-feira (27) em Nova York com o novo chanceler da Síria, Bassam Sabbag.
Além do uso do próprio aeroporto de Beirute, que até o momento continua aberto, o governo brasileiro também mapeia a possibilidade de usar bases aéreas operadas pela Rússia dentro do território da Síria.
Há duas mais próximas da fronteira com o Líbano: em Hmeymim, ao norte do Líbano e em Shayrat, a noroeste do Líbano.
O trabalho se torna maior pelo fato de a diplomacia brasileira ter de costurar acordos com diferentes países. O que, segundo fontes ouvidas pela TV Globo, já está sendo feito.
Não está descartada uma outra opção, tida como mais complexa. A retirada dos brasileiros pelo Chipre. O país faz fronteira marítima a oeste do Líbano. Neste caso, o resgate teria de envolver vias terrestres, marítimas e aéreas.
Mauro Vieira ainda está em Nova York, com reuniões às margens da Assembleia Geral da ONU, e aproveita para debater o assunto com a diplomacia dos países envolvidos.
Segundo um interlocutor do Itamaraty, “Não há plano A. Temos de ter múltiplas opções abertas porque sabemos que, no momento do resgate, qualquer contratempo pode acontecer, e teremos de estar preparados para outras soluções já engatilhadas”.
Fonte: G1