Camilo projeta abrir novos cursos de Medicina onde falta médico

Ministro destacou a retomada do Mais Médicos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a articulação para ações conjuntas entre os ministérios da Educação e da Saúde como forma de garantir atendimento em localidades remotas

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), sinalizou a intenção de abrir editais para a criação de universidades e vagas de cursos de Medicina no Brasil. Santana apontou que a ideia é fazer com que os novos cursos tenham integração com o programa Mais Médicos, retomado pelo governo federal neste ano, e se distribuam próximo a locais onde há necessidade de atendimento. Nesta semana chega ao fim a restrição à abertura de cursos de medicina, estabelecida no governo Michel Temer (2016-2018). Ele destacou as ações conjuntas entre os ministérios da Educação e da Saúde.

“Um dos vieses do Mais Médicos é estimular a permanência do médico nas regiões mais remotas. Dia 5 (de abril) se encerra uma moratória. O governo Temer fez uma moratória para não abrir cursos de medicina no País, o que aconteceu é que o MEC perdeu o protagonismo. O que aconteceu? Uma enxurrada de decisões judiciais. O objetivo era reduzir a quantidade de cursos, e fez foi aumentar”, disse em entrevista ao programa Bom dia Ceará, da TV Verdes Mares, nesta segunda-feira, 3.

De acordo com Camilo a ideia é, a partir do fim da moratória, “retomar o protagonismo dos médicos, eles vão tomar a liderança da autorização dos cursos de medicina; voltar a ter editais para criação de universidades e vagas e focadas também no Mais Médicos, que é garantir que aqueles cursos estejam mais próximos (de locais) onde há necessidade de atendimento à população”.

O ministro pontuou ainda que foi criada uma portaria interministerial, entre MEC e Ministério da Saúde, para garantir que nada seja feito sem integração e para “garantir que haja médico na ponta. Há uma determinação do presidente Lula nesse sentido, de garantir que haja um médico na ponta”, afirmou.

Fonte: O Povo Online