Camilo Santana se diz vítima de “boato” sobre escândalo dos banheiros

O candidato do PT ao Governo do Estado, Camilo Santana (PT), afirmou que não era o secretário de Cidades no momento em que os convênios fraudulentos para construção de banheiros foram assinados, em junho de 2010. No debate on-line entre os candidatos a governador realizado nesta segunda-feira (11) pelo Sistema Verdes Maresde comunicação, Camilo foi questionado sobre o assunto pela candidata Eliane Novais (PSB). O principal opositor do petista, o candidato Eunício Oliveira (PMDB), não participou do debate.
Em resposta à Eliane, Camilo afirmou a ligação entre ele o escândalo é um “boato”; e disse que se tornou secretário em janeiro de 2011 – cerca de seis meses após a assinatura dos convênios. “Eu, como secretário, que puni, que descobri o esquema e demiti os bandidos da secretaria das Cidades. O Tribunal de Contas me isentou de responsabilidades […] Se tem uma coisa que eu não convivo, que não admito, é o desvio de recursos públicos”, respondeu Camilo. Na réplica, Eliane afirmou que o candidato petista estaria “tentando se justificar”. “O dinheiro não voltou para os cofres públicos e os banheiros não foram construídos”, afirmou a candidata do PSB.
Em seguida, ela afirmou que os cearenses vivem atualmente “na expectativa de um novo escândalo” já que “os mecanismos não foram instalados” – se referindo, possivelmente, a mecanismos de arrocho na fiscalização de pagamentos pela Secretaria de Cidades. Ela citou que, atualmente, há uma nova suspeita sobre convênios da pasta. O Ministério Público Eleitoral investiga a assinatura de um elevado número de convênio a três antes do início da campanha eleitoral. O órgão investiga ainda se houve repasse de dinheiro para prefeituras do interior dentro do período de restrições eleitorais – que iniciou no dia 5 de julho.
Além de atacar Camilo, Eliane Novais também criticou o Governo do Estado. Ela afirmou que a gestão do governador Cid Gomes (Pros) – o responsável pela candidatura do petista – tem baixa execução orçamentária nas áreas de saneamento básico, convívio com a seca, combate às drogas. “Ou seja, é um governo que não investiu”, taxou. O candidato do Psol também participou do debate, afirmando-se como “única candidatura que não recebe doações de empresas”. Ele discursou defendendo que esse critério é necessário para o estabelecimento de uma nova relação com o “capital financeiro”. Ele ainda afirmou que, como governador, vai implantar políticas voltadas para uma agricultura livre de agrotóxicos.
O debate desta segunda-feira foi marcado pelo clima ameno entre os candidatos, sem fortes embates. No início, eles se apresentaram e, logo após, responderam a perguntas entre si. No bloco seguinte, responderam a perguntas de internautas. E na sequência fizeram mais um bloco em que candidato perguntou para candidato, antes das considerações finais de cada um deles. Em nota enviada à organização do debate, com uma hora de antecedência, Eunício Oliveira informou que não compareceria devido a compromissos assumidos anteriormente. Ele participou de evento comemorativo pelos 80 anos da Casa do Estudante, no bairro Benfica.

Confira o debate na integra AQUI

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