Ceará fica em 1º lugar na Olimpíada Nacional de História pelo segundo ano seguido; veja escolas

Caso aconteceu nesta terça-feira (27) na cidade do Oeste potiguar. Marcelo Oliveira chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Os estudantes cearenses conquistaram o maior número de medalhas do País na 16ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), com 19 equipes vencedoras, neste domingo (25). Esta edição, inclusive, teve recorde de inscritos com 51,2 mil grupos na disputa.

Em 2023, o Ceará também foi o maior destaque na ONHB, com 18 medalhas na 15ª edição. Em 2022, o Estado ficou na 3ª posição com 13 equipes vencedoras. Nesta edição, foram duas medalhas de ouro, oito de prata e nove de bronze.

A entrega das medalhas aconteceu numa cerimônia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, que reuniu 1,3 mil estudantes de todo o País.

Confira as escolas cearenses com equipes vencedoras:

  1. Centro de Educação Básica e Profissional Professor Luciano Feijão: Ouro (Sobral/Particular)
  2. Escola Estadual Francisca Castro de Mesquita: Ouro (Reriutaba/Pública)
  3. Colégio Farias Brito Jovem Seis Bocas: Prata (Fortaleza/Particular)
  4. Colégio Nossa Senhora das Graças: Prata (Fortaleza/Particular)
  5. Farias Brito Pré-Vestibular Aldeota: Prata (Fortaleza/Particular)
  6. Escola Estadual Antônia Nedina Onofre de Paiva: Prata (Assaré/Pública)
  7. IFCE Campus Limoeiro do Norte: Prata (Limoeiro do Norte/Pública)
  8. Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel De Queiroz: Prata (Fortaleza/Pública)
  9. Escola Municipal Professora Maria Jose Macário Coelho: Prata (Fortaleza/Pública)
  10. Colégio Nossa Senhora das Graças: Prata (Fortaleza/Particular)
  11. Colégio Nossa Senhora Das Graças: Bronze (Fortaleza/Particular)
  12. Escola Estadual Dona Júlia Alves Pessoa: Bronze (Fortaleza/Pública)
  13. Colégio Ari de Sá Cavalcante Washington Soares: Bronze (Fortaleza/Particular)
  14. Colégio da Polícia Militar do Ceará Ministro Jarbas Passarinho: Bronze (Sobral/Pública)
  15. Colégio Farias Brito Jovem Seis Bocas: Bronze (Fortaleza/Particular)
  16. Escola Municipal Marieta Guedes Martins: Bronze (Fortaleza/Pública)
  17. Colégio Tiradentes: Bronze (Fortaleza/Particular)
  18. Colégio Farias Brito Jovem Eusébio: Bronze (Eusébio/Particular)
  19. Colégio Farias Brito Jovem Seis Bocas: Bronze (Fortaleza/Particular)

Depois do Ceará, Bahia (15) e Pernambuco (14) são os estados com mais medalhas, formando um top 3 nordestino. Minas Gerais e São Paulo conquistaram sete e cinco medalhas cada, respectivamente.

O Ceará enviou 25 equipes de escolas públicas que foram classificadas para a Olimpíada Nacional em História do Brasil, com a participação de 75 alunos de 14 municípios do Estado.

O professor P.A. Damasceno, Mestre em Ensino de História e professor da rede pública estadual, explica que os cearenses já têm sido destaques nos últimos anos por um esforço coletivo entre professores e estudantes. “É imenso o tamanho que o Ceará adquiriu na Olimpíada e isso é uma construção coletiva, mostrando que não precisa ser um espaço de disputa entre alunos para ver quem é o melhor, mas de construção de alunos e professores melhores”, pondera.

Os estudantes elaboram um pensamento crítico sobre a sociedade atual e analisar fatos e documentos históricos. Os participantes conseguem ficar mais atentos, por exemplo, à disseminação de notícias falsas. Além disso, o conhecimento repercute em outras disciplinas.

“Os alunos olímpicos da ONHB, geralmente, melhoram em redação e nas disciplinas de exatas. Inclusive, as alunas nota mil em redação nos últimos vestibulares no Ceará participaram da ONHB”, conclui.

“Não é uma educação para os melhores, é uma educação melhor para aqueles que se permitirem conhecer a história e a realidade, o contexto crítico e social que a gente vivencia no País”
P.A. Damasceno
Historiador

Como funciona a ONHB

A Olimpíada Nacional de História do Brasil reúne estudantes dos 8º e 9º anos do Fundamental e do Ensino Médio, em grupos compostos por três alunos e um professor de História.

A ONHB tem seis fases online, que são realizadas nos meses de maio e junho, com duração de uma semana cada. As provas dessas etapas incluíram questões de múltipla escolha e realização de tarefas, que são elaboradas com base em debates, pesquisa em livros, internet e orientação do professor.

Em 2024,  também serão oferecidas bolsas de Iniciação Científica Júnior, do CNPq, para estudantes de escolas públicas que tiverem participado da ONHB. Os estudantes serão selecionados de acordo com os critérios estabelecidos pelo CNPq.

As bolsas têm valor de R$ 300,00 mensais e duração de 12 meses. Como contrapartida, os alunos contemplados deverão participar de, ao menos, um dos projetos da ONHB em 2024 e 2025.

Os estudantes finalistas também puderam fazer uma prova adicional e individual para concorrer à vaga em cursos de graduação da Unicamp. A ONHB faz parte do edital ‘Vagas Olímpicas’, portanto, alunos medalhistas têm a chance de ingressar na Universidade sem fazer o vestibular. As medalhas da ONHB também são aceitas em outras universidades.

A ONHB é realizada com apoio do Departamento de História da Unicamp, do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) da Unicamp, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unicamp e da Associação Nacional de História (Anpuh). Conta também com a participação de docentes universitários, alunos de graduação, mestrandos e doutorandos.

Fonte: Diário do Nordeste

Fonte: Diário do Nordeste