Cid Gomes diz ter “zero plano” de deixar PDT e manifesta desejo de presidir partido

O desejo, segundo ele, seria o sentimento "majoritário" dos quadros da legenda no Ceará

O senador Cid Gomes (PDT) manifestou nesta sexta-feira, 5, o desejo de presidir o PDT, cargo hoje ocupado pelo deputado federal André Figueiredo. O pedetista negou que tenha plenos de deixar o partido e defendeu a permanência de todos os atuais quadros da legenda no Ceará. “Tenho a pretensão de vir a presidir o partido. Quem tem essa motivação, não está pensando em sair do partido”, ressaltou.

O desejo, segundo ele, seria acompanhado de ser representante do sentimento “majoritário” dos quadros da legenda. Cid vem defendendo publicamente a retomada da aliança do PDT com o PT, rompida após o processo eleitoral de 2022. O senador tem demonstrado também insatisfação pela falta de resolução sobre uma possível adesão ao Governo Elmano, com a oficialização de ser ou não base na Assembleia Legislativa (Alece).

“Zero planos (de sair), ao contrário, cada dia mais eu estou motivado no PDT. Ocupo hoje a liderança do PDT no Senado, feliz, animado, entusiasmado com essa responsabilidade. Tenho desejo, não por vaidade pessoal, mas eu acho que hoje eu represento o sentimento majoritário do PDT aqui no Ceará em relação ao assuntos cearenses. Tenho a pretensão de vir a presidir o partido. Quem tem essa motivação, não está pensando em sair”, ressaltou em evento em que acompanhou o governador Elmano de Freitas (PT), em Fortaleza.

Cid justificou que a recente saída do prefeito de Aracati, Bismark Maia, para a presidência do Podemos, foi um “sacrifício” para aproximar mais uma legenda do “arco de alianças” do grupo. Ele relembrou a saída do secretário de Cidades, Zezinho Albuquerque, hoje principal líder do Progressistas, que aproximou os grupos políticos.

Apesar da saída do prefeito, o pedetista defendeu a permanência dos demais filiados da legenda. Dentro do partido, há um clima de insatisfação, especialmente dos deputados estaduais, como o presidente da Alece, Evandro Leitão. O deputado recebeu convite público para migrar para o PT e seu nome tem sido defendido por petistas para ser cabeça de chapa pela legenda em 2024.

“No que depender de mim, todos os quadros do PDT ficarão no PDT. Se a gente conseguir trazer mais alguns, será meu esforço. Foi, é e será. O Bismark, prefeito do PDT, está saindo para fundar o Podemos, isso é um sacrifício para que a gente tenha um partido no arco de alianças, coisa que eu sempre fiz. Nós no passado já perdemos o Zezinho, que hoje preside o PP. De alguma forma, você perde um quadro para trazer uma sigla partidária, um conjunto de outras pessoas. Nada de novidade, tá dentro do nosso esforço histórico”, disse.

E complementa: “Tem muita coisa que não é conforme eu desejo, as minhas opiniões sobre isso são públicas, todo mundo sabia que eu defendia a manutenção da aliança com o PT para o processo eleitoral do ano passado. Fui voto vencido. Respeitei calado essa decisão”.

Fonte: O povo Com informações de Filipe Pereira