Coletivo Periferia Viva emite nota sobre onda de violência em Sobral

"compreendemos que a estratégia de ter policiamento em massa, não está surtando efeito. Por que ela também abusa e violenta por aqui", diz trecho da nota

 

O Coletivo Periferia Viva do Residencial Novo Caiçara emitiu nota manifestação repudio diante da onda de violência que assola os territórios do município, bem como entende que a violência é complexa e que há coisas que fogem das atribuições de determinadas pessoas. Ressaltam ainda que compreendem que a estratégia de ter policiamento em massa, não está surtando efeito. Na última segunda-feira (20) uma criança de sete anos foi baleada ao descer do ônibus escolar quando chegava no residencial. Confira a nota na íntegra.

COLETIVO PERIFERIA VIVA

“O Residencial Nova Caiçara com cerca de 15 mil habitantes, vem registrar através deste documento a indignação sobre os conflitos territoriais e consequentemente, vidas que estão sendo interrompidas. O coletivo Periferia Viva, composta por jovens lideranças e moradores do território traz entre linhas a indignação, dessa violência que assola os territórios do município. Estamos utilizando o espaço do blog para encaminhar nossas solicitações com medidas paliativas e urgente. Recentemente foi um jovem trabalhador de reciclagem, ontem foi uma criança de 7 anos e um jovem. Amanhã será quem? EU? Ou VOCÊ LEITOR? E assim seguimos com traumas, medos e correndo risco de vida. E entendemos sim que a violência é complexa e que tem coisas que fogem das atribuições de determinadas pessoas. Porém compreendemos que a estratégia de ter policiamento em massa, não está surtando efeito. Por que ela também abusa e violenta por aqui. Então, se esta estratégia não tá surtindo efeito, o óbvio das políticas públicas e políticas de segurança é começar a ver outros meios. Só sabemos que do jeito que está, é impossível viver em paz com segurança. A comissão do Periferia Viva estará encaminhando documentos para setores que se responsabilizem e ouçam nossas solicitações. E outro detalhe, as comunidades não podem ser vistas somente em período eleitoral, como vemos em 4 em 4 anos. É preciso fazer barulho, é preciso o povo unir forças para amenizar essas perdas e dores. Pois CADA VIDA IMPORTA SIM! POIS CADA VIDA IMPORTA SIM !!!”