Coluna: Conversando com a mãe Dilma, por Silveira Rocha

Olá mãe Dilma, tudo bem? Olhe eu demorei porque estava nos Correios devolvendo o ingresso que a senhora mandou para eu assistir ao jogo de abertura da Copa do Mundo. Vou mais não. Depois que eu soube que a senhora está mandando cortesias para todos os deputados, senadores e o escambal, é o diabo quem vai.
Não é questão de orgulho e sim de não querer ficar no meio da mundiça. Pelo que eu sei os juízes de futebol estão super contentes em saber que os gritos de ladrão que vem das torcidas, não serão somente para eles, nem tampouco as frases de amor dedicadas às suas mães, quando eles deslizam.
Escute, a senhora vai mandar ingressos até para o PMDB? Mande não mãe, pois esse povo é todo falso. Eu vi gente de lá achando graça da sua queda nas pesquisas. Mãe, se a senhora continuar caindo, o jeito é eu mandar um andaja. Tenha calma! A senhora anda muito nervosa.
Eu sei que a senhora está preocupada com essas greves de policiais. Verdade mãe, pega muito mal para a nossa imagem. Outra coisa: tenha cuidado com essa onda de bananas nos estádios. A senhora já está caindo sozinha, dirá escorregando em cascas de banana.
Mãe, é verdade que a senhora agora quer desviar o rio São Francisco para São Paulo, e não mais para os estados do Nordeste? A senhora não está doida, né? Se a senhora fizer uma sacanagem dessa o povo nordestino nunca mais vota na senhora, nem com todas as bolsas.
Mãe, se ai tiver remédio para cupim é bom colocar logo, para ver se esses prefeitos deixam a senhora em paz. Esse povo pede demais. O jeito é esse mesmo: prometer, prometer e prometer e não cumprir. Do mesmo jeito como eles fazem com os eleitores.
Vou indo mãe Dilma. Logo a gente conversa mais, minha mulher predileta. Não se esqueça de usar o repelente contra pobres e torcedores, a fim de que eles não estraguem a sua copa.
Grande abraço mãe.