Coluna: Conversando com a mãe Dilma, por Silveira Rocha

Olá mãe Dilma, como está essa estadista adorável? Ah, a senhora gostou da nova forma de tratamento? É que a gente tem que se modernizar em tudo, ainda mais agora que estamos vivendo uma onda de importações humanas.

Mãe, a senhora viu como nada mais é confiável em matéria de importações? Pois num é, em dos lotes dos importados veio o senador boliviano Roger Pinto Molina, uma mala sem alça, que está servindo somente para lhe dar dor de cabeça. Eu diria que ele é tal qual um muçum, que cai, por acaso na rede das sardinhas.
Para que diabos a gente quer um senador Boliviano com defeito se já temos um monte aqui precisando de reparos? É muita falta de absurdo, né mãe? Eu se fosse a senhora tratava logo de devolver a figura e, de quebra, ainda dava de agrado o Genoino, o joão Paulo Cunha e o Renan Canalheiros.
É claro que o presidente índio irá aceitar o presente. Do que esses “meninos” são capazes, até Deus duvida. Acredita-se que eles são capazes de roubar um pneu de um carro em movimento, tirar a dentadura da avó enquanto ela boceja e desviar a aposentadoria da mãe para uma conta na Suíça.
Mãe, eu nunca mais duvido da força da lua. Ora por quê? E num foi numa noite de lua cheia que a senhora enganou os seguranças do Palácio e fugiu numa moto pelas ruas de Brasília? Mãe, eu soube que quando o povo via as luzes da motona piscando, e a senhora acelerando tudo, perguntava assim: é o besouro verde? É um trem-bala?. É o Batman?… Ninguém imaginava que poderia ser a senhora. Besteira, né, mãe, moto também é coisa de mulher
Mãe, por que a senhora não convidou o padrinho Lula? Ah, ele detesta moto? Cabra frouxo. Logo ele que esquentou muitos espinhaços de jumento pelas matas do Pernambuco, agora sentir medo de uma moto. Mãe, por que a senhora fez isso? Foi neura ou a senhora foi mordida pela vaca louca? Entendo. A sua cabeça tem problemas demais, que deixa a senhora com vontade de correr, né? Na próxima vez passe aqui que eu vou com a senhora.
Ei, mãe, apagão de novo. A senhora viu? Eu fico imaginando se acontece um desses apagões em dos jogos da Copa do Mundo. Cruz Credo, nem é bom pensar. A reputação do Brasil iria para o túnel antes da hora. Mãe bote moral nesse povo. Isso é coisa de gente criminosa. Aperte esse lobão, pois ele está muito folgado. Lobo só tem folga quando a chapeuzinho vermelho adoece.
Viu só, mãe como sua popularidade volta a crescer? Eu disse à senhora que o sentimento do povo do Brasil é tal qual um grão de mostarda. A senhora vai chegar a 80 mais ligeiro do que andando de moto. Tenha fé, e espalhe cartões por tudo o que é canto. Cartão de visitas não, mãe, cartões do Minha Vida Melhor. Eles fazem o maior sucesso.
Por aqui está tudo bem, todo mundo gordo e com saúde. Não mãe, não é a saúde pública do SUS não. Se fosse eu teria dito assim: mãe está semana não dá para lhe escrever, pois estou numa fila do SUS. Não é de médico cubano não; é brasileiro mesmo. Vou esperar. Disseram-me que se eu tiver um bom comportamento poderei ser atendido ainda este ano e, quem sabe, fazer os exames no ano que vem. Não mãe, eu não estou com caxumba. Se fosse ela já teria descido e eu subido.
Até sábado mãe. Fique com Deus, e, quando for andar de moto, não esqueça de colocar o capacete na cabeça, e dentro da cabeça, o juízo. Saiba que pintar o cabelo de louro não tem problema nenhum, mas não precisa tirar o juízo, pois ele é à prova de tinta.

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