Com Marina com chance de 2º turno, PSB quer Renata Campos como vice
No mesmo dia em que a pesquisa Datafolha indicou, pela primeira vez, possibilidade real de o PSB chegar ao segundo turno da eleição presidencial, com Marina Silva, a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos (PSB), tornou-se personagem central na definição do cenário eleitoral após a morte do marido.
O partido ainda não confirmou Marina, candidata a vice-presidente, como nova cabeça de chapa, no lugar de Campos. A oficialização deve ocorrer em reunião amanhã, em Brasília. Porém, ela já era dada como nome certo, principalmente depois que o Datafolha mostrou ontem que ela tem 21% das intenções de voto, atrás de Dilma Rousseff (PT), que tem 36%, e tecnicamente empatada com Aécio Neves (PSDB), que tem 20%.
Os movimentos agora se voltam para a definição do vice. Entre os líderes do partido, o nome de Renata para compor a chapa com Marina é consenso. Na reunião de amanhã, o novo presidente nacional do PSB, o cearense Roberto Amaral, e Carlos Siqueira, coordenador da campanha de Campos, devem fazer um aceno para Renata, sinalizando que o partido deseja que ela ocupe a vaga – ou, pelo menos, que não se oporia caso ela tenha interesse. “Não vou oferecer nada. Mas vou ouvi-la. Depois, ouvir Marina e os partidos aliados”, disse Amaral.
Desde a morte de Campos, em um acidente de avião em Santos (SP), na última quarta-feira, 13, Renata tem rejeitado a ideia de ser vice da chapa dizendo a amigos que precisa se dar atenção aos cinco filhos com Campos.
Irmão de Eduardo, Antonio Campos falou ontem sobre a resistência de Renata a assumir o posto. “Mas, se decidir, tem nosso apoio”.
“Grande liderança”
A viúva chegou a evento ontem no Recife, um dia após o sepultamento do corpo do ex-governador e no dia do aniversário de 47 anos de Renata, aos gritos de “Renata vice” e “guerreira”.
“A grande liderança do partido hoje é Renata Campos. Peço que Renata esteja sempre conosco”, disse Amaral.
Ontem, o substituto de Campos na presidência do PSB se reuniu com Renata para pedir formalmente seu aval à indicação de Marina. A viúva disse que aprova a candidatura e que essa seria a vontade do marido. (com informações da Folhapress)