Com a vitória por 3 a 2 nos pênaltis depois de empate por 1 a 1 no tempo normal

Quatro anos atrás, dei uma entrevista muito triste, chateado, emocionado. E hoje estou repetindo, com felicidade. Só Deus e minha família sabem o que eu passei e passo até hoje, mas sei que minha história na Seleção não acabou. Meus companheiros estão me dando muita força para chegar dentro de campo e dar o meu melhor. Faltam três degraus, e ainda espero dar outra entrevista com o Brasil em festa – disse o goleiro, que defendeu as cobranças de Pinilla e Sánchez (Jara acertou a trave) e foi eleito pela Fifa o craque da partida.
Após ser decisivo na vitória por penalidades, Julio César fez questão de afirmar que não sente vingado pelas falhas no Mundial de 2010. Segundo o camisa 12, esse sentimento só vai existir se a Seleção conquistar o hexacampeonato.
– Tem que ir até o Maracanã (na final). Tenho que beijar aquele troféu. Está chegando.
Julio César viveu uma tarde de Taffarel no Mineirão. O camisa 12 revelou toda sua felicidade em pode viver um momentos parecidos com a do ex-goleiro, que brilhou nas Copas de 94 e 98, mas também alertou que a caminhada será dura até o título.
– Foi ótimo. Passa um filme na minha cabeça, me lembro das Copas de 94 e 98, com o Taffarel, e hoje estou podendo viver isso. Feliz acho bacana viver isso, quando tem final triste não (risos). Que bom que demos mais passo, mas a caminhada é longa ainda. Nessa sequência que a gente pegou vai ser só pedreira – avaliou.
Julio, que se emocionou e chorou antes do início da disputa de pênaltis, ainda destacou que o Brasil sentiu o gol de empate do Chile e que a pressão de ser o anfitrião da Copa do Mundo tem mexido com a cabeça dos jogadores.
– Apesar de o primeiro tempo ter sido bem jogado, criamos bastantes oportunidades. Depois do empate, o Chile dificultou nosso jogo. Só tenho a agradecer ao público, aos companheiros. A gente está acreditando sempre. É complicado psicologicamente e e emocionalmente representar o nosso país jogando em casa. É uma pressão muito forte.