Um comerciante de 50 anos foi morto a tiros no bairro Guajiru, no município de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Marcos Paulo Costa Façanha foi executado dentro do próprio estabelecimento, localizado na Rua Manoel Benedito, pouco tempo após reabrir o comércio.
Conforme as apurações iniciais, os investigadores trabalham com a hipótese de que o crime tenha sido motivado pela recusa do comerciante em pagar uma taxa imposta por uma facção criminosa que atua na área.
Morador antigo do bairro, Marcos havia aberto o estabelecimento há cerca de um mês. No dia do crime, encerrou o expediente por volta do meio-dia, como era de costume, e voltou ao local por volta das 15h. Instantes depois, dois homens chegaram em uma motocicleta, desceram do veículo e atiraram diversas vezes contra ele, sem qualquer tentativa de diálogo ou roubo. O comerciante não teve chance de reagir.
O corpo do homem ficou caído sobre o balcão, onde ele estava sentado no momento da execução. Nada foi levado pelos suspeitos: celular, documentos e outros pertences permaneceram no local. A gaveta do comércio também não foi aberta pelos criminosos, segundo familiares. Esses elementos reforçam a linha de investigação que aponta para uma execução.
A vítima tinha antecedentes criminais, com registros por lesão corporal, violação de direito autoral, falsidade documental, desacato e receptação em quatro ocasiões. Apesar disso, a polícia acredita que a morte não está relacionada a essas ocorrências: para os investigadores, a motivação mais provável é a recusa em pagar um “pedágio” exigido por integrantes de uma facção criminosa local.
Equipes do Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRAIO) estiveram no local apurando informações com familiares e moradores. Testemunhas relatam que os dois criminosos chegaram e já iniciaram os disparos, fugindo em seguida na motocicleta. A rua onde o crime ocorreu é estreita e tem várias residências, de modo que os moradores podem ter presenciado a ação – eles, no entanto, preferem não falar sobre o assunto, possivelmente por medo de represálias nas mãos do grupo criminoso.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil cearense iniciou os trabalhos periciais e as diligências preliminares para identificar os responsáveis. O caso será encaminhado à delegacia responsável pela área, e, se não houver solução em até 30 dias, retornará ao DHPP, para continuidade da investigação.
