Comissão Pastoral da Terra lança Caderno de Conflitos no Campo Brasil em Sobral.

Na manhã desta segunda-feira (23/06), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Sobral promoveu o lançamento do Caderno de Conflitos no Campo Brasil – 2025, um evento que visa dar visibilidade aos dados de conflitos agrários, ambientais e fundiários que afeta diretamente comunidades camponesas, indígenas, quilombolas e ribeirinhas em todo o país. O Caderno é uma produção e publicação do CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO DOM TOMÁS BALDUINO, da CPT Nacional.

Com o intuito de fortalecer a consciência crítica da sociedade sobre as violações de direitos no campo, o lançamento se destacou como um espaço para discutir a intensificação da violência, a grilagem de terras e também o avanço de grandes projetos de impactos ambientais. O Caderno se apresenta como uma ferramenta imprescindível para visibilizar as lutas e resistências dos povos do campo, além de identificar a omissão ou conivência do Estado frente a essas violências.

A programação de lançamento se estendeu por toda a manhã e incluiu uma mística de abertura, onde se celebrou a espiritualidade e a memória das lutas no campo, seguida de palavras de acolhida pelo Pe. Marcone e representantes da CPT Regional Ceará. Dando continuidade, houve uma mesa de exposições dialogadas com leituras geopolíticas e sociológicas do Caderno, conduzida por Carine, uma leitura teológico-pastoral apresentada pelo Prof. Dr. Flávio Teles e finalizou com a apresentação dos dados do Caderno, feita por Francisco Silva (Chiquinho). O evento também contou com um debate chamado “Fila do Povo”, reservado para perguntas e considerações dos participantes, findando-se em uma mística final e uma foto oficial.

Sobral, reconhecida como um território de articulação de movimentos sociais e pastorais, acolheu a atividade com o objetivo de contribuir na formação política, teológica e cidadã de estudantes, pesquisadores e defensores dos direitos humanos. O evento, que contou com a presença de cerca de 100 pessoas, incluindo professores, estudantes, quilombolas e representantes de diversas entidades, foi um espaço de escuta e articulação, essencial para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

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