Criminosos invadem fazenda, fazem família refém e obrigam vítimas a fazerem Pix e empréstimos

A abordagem começou durante a noite e só terminou de madrugada

Um grupo de criminosos invadiu uma fazenda na zona rural de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), e fez a família que mora lá refém. Além de os ladrões levarem os objetos de valor que estavam no imóvel, as vítimas foram obrigadas a fazer transferências via Pix e empréstimos com bancos para repassar os valores aos criminosos.

A ação criminosa aconteceu em uma propriedade na localidade de Camará. A abordagem começou durante a noite e só terminou de madrugada. A intenção dos ladrões era levar ainda o gado da família, mas o caminhão que levaria os animais não chegou. Com o ocorrido, as vítimas estão traumatizadas e dizem que não vão mais morar no local – interrompendo inclusive, assim, a principal atividade econômica que lhes dava subsistência, a pecuária.

Durante a noite, os moradores foram surpreendidos pelos bandidos, que invadiram o local e forçaram a porta, armados. A casa da fazenda ficou revirada, com portas e estruturas quebradas. Aparelho de televisão, computadores, aparelhos celulares, ventiladores, todos os produtos eletrônicos e até roupas foram levadas do local.

Uma das vítimas, que não quis se identificar, falou sobre o ocorrido com a equiep de reportagem da TV Cidade Fortaleza. “A gente tem uma casa mais próxima ali do portão, que é a primeira casa, que quem mora lá é o meu irmão. E eles pegaram meu irmão primeiro e fizeram ele de refém lá, amarrado, riscaram as costas dele de faca, os braços e tal, ameaçando ele de cortar a orelha se ele não falasse se tinha dinheiro, se tinha alguma arma ou alguma coisa aqui no sítio. E nesse momento eles passaram em torno de uma hora, uma hora e dez [minutos] com ele lá”, diz ela.

“Minha mãe já tinha feito a janta e eu fui jantar na mesa. Na hora que eu tava na mesa jantando, foi a hora que eles entraram aqui dentro da nossa casa. Entraram pela porta de trás, quebraram a porta e já entraram com a arma na minha cabeça. Tava meu primo, minha tia minha irmã, um primo menor de idade, uma menina de 13 anos”, conta ainda a vítima.

Fonte: A voz de Santa Quitéria