Dois policiais militares são presos suspeitos de sequestro e morte de homem na Grande Fortaleza

Uma policial está presa desde novembro por envolvimento no crime. Um ex-policial e um civil seguem foragidos.

Dois policiais militares foram presos, nesta terça-feira (28), suspeitos de participação no sequestro, morte e ocultação de cadáver de um homem em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. O crime aconteceu em novembro de 2022, e foi flagrado por uma câmera de segurança.

No ano passado, um grupo armado rendeu Clezio Nascimento de Oliveira, 32 anos, e o colocou à força dentro de um carro no Bairro Alto Alegre, em Maracanaú. As prisões desta terça fazem parte da operação Alto Alegre, deflagrada pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), por meio da Delegacia de Assuntos Internos (DAI).

Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão, e seis de busca e apreensão em desfavor de quatro policiais militares, um ex-policial (expulso) e uma pessoa civil. Dois dos alvos da operação — o ex-policial e o civil — não foram localizados, e são considerados foragidos. O objetivo da operação é elucidar o sequestro e homicídio.

O corpo de Clezio Nascimento de Oliveira está desaparecido desde o dia 7 de novembro, quando foi raptado em Maracanaú. — Foto: Arquivo pessoal

Com os suspeitos também foram apreendidos aparelhos celulares, armas de fogo irregulares, dinheiro falso, silenciadores e outros apetrechos potencialmente usados durante crimes.

Em novembro do ano passado, uma policial militar, identificada como Maria Aline do Nascimento Rodrigues, foi presa sob suspeita de fazer parte do grupo armado. Ela foi denunciada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Policial militar feminina foi presa por participar de rapto de homem em Maracanaú. — Foto: Reprodução

A DAI/CGD informou que providenciou o encaminhamento do acervo para perícia e as informações serão incluídas na investigação em curso. Os dois soldados foram encaminhados ao presídio militar e encontram-se à disposição da Justiça.

Durante as buscas, diligências foram realizadas com o apoio do canil do Corpo de Bombeiros no intuito de encontrar o corpo da vítima, mas sem sucesso. A Controladoria esclarece que, além do processo criminal, os militares também responderão a procedimentos administrativos disciplinares.

Fonte: G1