Eclipse deste sábado pode causar cegueira: veja cuidados

Neste sábado (14/10), moradores de diversas cidades do Brasil poderão acompanhar o eclipse anular do Sol. O evento, no entanto, não deve ser observado de forma direta. Por essa razão, o Metrópoles separou dicas para quem quiser acompanhar o fenômeno com segurança.

O eclipse anular se caracteriza pelo alinhamento da Terra, da Lua e do Sol. A sobreposição resulta na formação de um “anel de fogo” em torno da silhueta da Lua, já que apenas as bordas do Sol ficam visíveis.

Mas a agência espacial norte-americana, a Nasa, alerta: nunca é seguro olhar diretamente para o Sol sem a proteção adequada em um eclipse desse tipo.

Uma das características do eclipse anular é a formação de uma penumbra ou o escurecimento quase que total do dia. No Brasil, esse fenômeno ocorrerá de maneira mais intensa nas regiões Norte e Nordeste do país. Ainda assim, não será seguro olhar diretamente para o Sol.

O uso de chapas de raio-x e de óculos escuros também está descartado. De acordo com o médico Vinicius Kniggendorf, essas soluções não são suficientes para diminuir os riscos à visão durante a observação do eclipse. “Óculos escuros protegem dos raios indiretos e dão conforto, mas para visualização direta [do eclipse] não possuem proteção adequada, assim como as imagens de raio-x”, alerta.

O Observatório Nacional, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, ainda descarta o uso de celulares, câmeras fotográficas e de telescópios sem os filtros apropriados na hora de observar o fenômeno.

Então, como não perder o fenômeno e garantir a segurança? Uma das possíveis soluções é o uso de óculos com lentes certificadas do tipo NBR/ISO 12312-2 e que filtrem mais de 99,999% da luz solar.

Outra alternativa é a montagem de uma câmara escura. O método utiliza uma superfície com um pequeno furo, por meio do qual passa um feixe de luz que é projetado na superfície lisa, permitindo a observação indireta do eclipse.

Fonte: Metrópoles