O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), comentou brevemente o julgamento em curso na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados réus em caso de trama golpista após as eleições de 2022. Na leitura do petista, aqueles que atentarem contra a democracia, devem responder criminalmente pelas ações. Elmano reconheceu que sua opinião sobre o caso, enquanto adversário político de Bolsonaro, é “óbvia”. Entretanto, defendeu um julgamento justo para todos os cidadãos e destacou sua crença no Judiciário.
“Primeiro, quero dizer que acredito na Justiça brasileira. Segundo, acho que todo mundo deve responder pelos próprios atos e a garantia que todo cidadão merece ter um julgamento justo. A minha opinião, sobre o caso em si, como sou adversário político, todo mundo sabe minha opinião. O que posso dizer é que, quem busca destruir a democracia no Brasil precisa responder criminalmente por isso”.
E seguiu: Não é qualquer coisa (…) Quem atenta contra isso, quem quer tirar do povo brasileiro o direito de escolher quem lhe governa, essa pessoa tem que responder muito severamente pelo poder Judiciário. Essa é minha opinião. Agora, quem participou, quem não participou e qual deve ser a pena, eu me dou o direito de deixar respeitar a autonomia do magistrado e do juiz que vai julgar”, concluiu. As declarações foram dadas durante coletiva em cerimônia de entrega de 25 novas ambulâncias do Samu, nesta terça-feira, 25. A entrega contemplou 25 municípios cearenses.
Julgamento
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve no Supremo Tribunal Federal (STF) acompanhando o julgamento de denúncia que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado, em 2022. Ele esteve acompanhado de aliados e sentou na primeira fileira, ao lado dos seus advogados. O STF reservou três sessões para o julgamento, sendo duas delas na terça-feira, 25, (manhã e tarde) e uma nesta quarta-feira, 26. O presidente da primeira turma é o ministro Cristiano Zanin e o relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes. Além deles, a turma é composta pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux. A sessão foi aberta por Zanin, a leitura do relatório por Moraes ocorreu na sequência.
Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, fez a sustentação oral da denúncia enviada pela PGR. As defesas dos denunciados também se manifestaram no decorrer do julgamento. A definição se aceitam ou não a denúncia, deve ocorrer na quarta-feira.
Fonte: O Povo Online