RESUMO DA NOTÍCIA
- Adélio Bispo cita, na carta ao sobrinho, ‘investidas satânicas’ na penitenciária
- De Minas Gerais, família não tem dinheiro para visitá-lo no Mato Grosso do Sul
Em carta à família, Adélio Bispo de Oliveira diz que é vítima do “satanismo maçom” no presídio onde cumpre pena desde que esfaqueou Jair Bolsonaro (PSL), então candidato à presidência, em setembro do ano passado.
A família, que não tinha contato com ele desde a prisão, acredita que a mensagem – diretamente enviada a um sobrinho chamado Madson – é um sinal de que Adélio segue atormentado pelo transtorno psiquiátrico que o levou a cometer o atentado em Juiz de Fora (MG).
A correspondência foi escrita no dia 6 de maio na penitenciária federal de Campo Grande (MS). As informações são do jornal Folha de São Paulo.
“Estão tentando me levar a loucura a qualquer custo, assim como já fizeram com varios que passaram por aqui. Ha uma conspiração bem montada para isso. Mas ainda estou firma apesar das investidas satânicas da maçonaria”, diz a carta.
Os parentes vivem em Montes Claros, no norte de Minas Gerais. Eles não têm dinheiro para visitá-lo em Campo Grande, e tentam se convencer de que a situação é o melhor para ele no momento. Na carta, ele também conta de seus planos de pedir transferência para uma penitenciária em Montes Claros:
“Estou tentando conseguir uma transferência para o presídio estadual de Montes Claros, via Defensoria Pública da União, já que não estou conseguindo fazer contato com meus advogados. Estou tentando sair daqui o quanto antes possível, pois este presídio aqui é um lugar de maldições, um presídio projetado pela maçonaria onde o satanismo maçom aqui é terrível”, conta.
A ARQUITETURA DA PRISÃO
O complexo penitenciário de Campo Grande tem 208 celas e foi inaugurado em 2006. A arquitetura do local não tem semelhanças aparentes com a de construções maçônicas: não há edificações com dimensões triangulares e nem colunas típicas da maçonaria.
Laudos de psiquiatras indicados pela defesa e pela acusação consideraram Adélio Bispo inimputável, ou seja, incapaz de responder por seus atos. Ele recebeu uma “absolvição imprópria” – recurso jurídico usado quando o réu é culpado, mas não consegue compreender o que fez.
Ele vai passar por uma nova avaliação em três anos, para conferir se o seu grau de periculosidade diminuiu. Por enquanto, não houve evolução: ele recusa tratamentos e segue insistindo que recebeu uma instrução divina para assassinar Bolsonaro.
Com Informações do Yahoo