Entenda a pesquisa da “vacina universal” e seu impacto contra outras pandemias

Pesquisadores da Duke University, nos Estados Unidos, publicaram na última segunda, 10, estudo que deixou a comunidade científica animada. Um dos motivos é sobre a prevenção de próximas pandemias que possam vir com um novo coronavírus.

Na pesquisa, foram desenvolvidas dois tipos de vacinas e aplicadas em grupos de macacos. Uma é de nanopartícula de ferritina, que é uma proteína que se agrega espontaneamente, com o domínio RBD da proteína Spike ligado à superfície. “Basicamente, enfeitaram a nanopartícula com um pedaço do coronavírus. A RBD (domínio receptor obrigatório) é a porção da Spike responsável por se ligar aos nossos receptores e permitir a entrada do vírus nas nossas células”, explica o farmacêutico Wasim Syed.

outras duas, utilizaram RNA mensageiro, do mesmo princípio da Pfizer e da Moderna. Em uma, inseriram o gene da proteína Spike completa. Na outra, colocaram somente a sequência do RBD.

Como explica Wasim, a sequência das proteínas utilizadas é a mesma do SARS-CoV-2, mas com algumas modificações para garantir a estabilidade da proteína Spike completa e outras mutações presentes nas variantes de preocupação B.1.17, P.1 e B.1.351 (britânica, brasileira e sul-africana).

Os resultados foram satisfatórios, pois mostraram que uma vacina direcionada contra o SARS-COV-2 protege contra o SARS-COV-1 e coronavírus de morcegos selecionados (o WIV-1). “E, talvez, outras vacinas que já utilizam o mesmo alvo (RBD ou a Spike inteira) possam proteger também contra outros coronavírus”, complementa o farmacêutico. É o caso das vacinas da Moderna e da Pfizer.

Syed ressalta que o custo dos investimentos pode ser menor, pois já existirem outras vacinas aprovadas que chegaram antes.

Fonte: OPovo