Fim da Motorola: o que muda para os usuários de celulares da marca?
A Motorola vai deixar de existir no mercado de smartphones em 2016. Os próximos Moto X, Moto G e Moto E chegarão às prateleiras com a marca da Lenovo, empresa chinesa que comprou a fabricante em 2014. O anúncio aconteceu na última quinta-feira (8), e com ele muitas dúvidas surgiram na cabeça de quem é fã dos celulares da marca.
Com dúvidas se a assistência técnica continuará existindo? Quer saber quando as mudanças entram em vigor?
A Motorola vai deixar de existir completamente?
Nos smartphones, sim. Desde que comprou a Motorola, a Lenovo possuía duas marcas de celulares: a Vibe, com o nome da empresa, e a Moto, sob o domínio da Motorola. Segundo o site americano CNET, tudo será unificado sob a tutela da empresa chinesa em 2016 e os populares X, G e E terão a marca “Moto by Lenovo”. É a mesma estratégia adotada pela Microsoft que manteve apenas Lumia após comprar a divisão de celulares da Nokia.
Já no mercado de telecomunicações, a Motorola Solutions continuará existindo com desenvolvimento de tecnologia de redes, patentes e venda de equipamentos. A única “lembrança” que ficará nos aparelhos é o icônico “M”, que continuará sendo usado pela Lenovo.
Quando a mudança entrará em vigor?
Sim! Quanto a isso, nada deve mudar. Afinal, a Lenovo já controla a Motorola há quase dois anos e também vende seus produtos no Brasil. Sendo assim, é bastante provável que as assistências técnicas sejam apenas renomeadas nos próximos meses, mas o usuário deve ficar atento às autorizadas da sua cidade para não ser pego de surpresa em caso da mudança de endereço. As garantias também continuarão válidas.Comprei um telefone da Motorola. Continuarei recebendo assistência?
Não há previsão exata de quando o marca será extinta, já que a Lenovo disse apenas que isso ocorrerá este ano. O mais provável é que os novos telefones já cheguem com a nova “Moto by Lenovo”, o que costuma acontecer no início do segundo semestre. Além disso, a empresa ainda precisa revelar mais detalhes sobre o futuro do site da Motorola, dos serviços de atendimento e da estrutura física da empresa.
Os Moto X, G e E continuarão sendo vendidos no Brasil?
Muito provavelmente. A Lenovo já manifestou interesse em vender seus celulares no Brasil e até lançou o Lenovo Vibe A7010 por aqui no último mês. Assim, os Moto X, G e E devem também continuar disponíveis, a menos que a empresa resolva focar apenas nos telefones Vibe. No entanto, considerando a popularidade dos “Moto”, isso é uma possibilidade remota, por enquanto.
Os aparelhos atuais continuarão recebendo atualizações do Android?
É provável que sim. A Lenovo já tinha comprado a Motorola quando a empresa lançou as atualizações do Android 5.0 (Lollipop) e 6.0 (Marshmallow). O que pode mudar é a política de updates da nova “Moto” para os futuros sistemas, como no tempo de liberação dos pacotes e aparelhos contemplados. Isso, porém, demanda um posicionamento oficial da Lenovo sobre o assunto.
E Moto 360, Moto Maker e outros produtos? Vão acabar também?
Ainda não se sabe. O fim da Motorola deve trazer algumas reorganizações na empresa e que pode extinguir alguns produtos. O relógio Moto 360 e o serviço de personalização Moto Maker são bastante populares e têm mais chances de serem preservados. No entanto, acessórios como fones de ouvido e carregadores podem adotar apenas a marca da Lenovo.
A Motorola “sobrevivente” pode voltar a fabricar smartphones?
Ela já fabrica. Embora pouco se fale, a Motorola Solutions possui alguns aparelhos com Android voltados para o público corporativo. São telefones bastante robustos como o Symbol TC70, que tem corpo super resistente e indicado para quem desempenha profissões pesadas.
A Lenovo pode lançar um Moto com Windows 10 Mobile?
A pergunta que todo fã do Windows Phone tem feito desde que a Lenovo comprou a Motorola do Google deve continuar sem resposta. Embora a empresa chinesa tenha revelado interesse no sistema da Microsoft, parece pouco provável que ela adote na marca “Moto”, que tradicionalmente usa Android. Porém, só nos resta aguardar o que vem por aí.