Fortaleza e a Região Metropolitana (RMF) alcançaram uma taxa de 4,88% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação. Essa taxa é a segunda maior do Brasil no acumulado de 12 meses, superando a média nacional de 4,47% por 0,41 ponto percentual (p.p.). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (24), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Durante o período analisado, todos os grupos pesquisados apresentaram alta no índice, com destaque para educação (7,84%), habitação (6,74%) e saúde e cuidados pessoais (6,52%). Os itens que registraram as taxas mais elevadas pertencem ao grupo de alimentação e bebidas, com um aumento de 6,29%. Entre os alimentos, a laranja-pera teve um aumento significativo de 66,22%, seguida pela batata-inglesa (58,63%) e pelo café moído (29,69%).
No acumulado do ano, a taxa de inflação da Grande Fortaleza também ficou em segundo lugar entre as capitais analisadas, com 3,83%, 0,12 p.p. acima da média nacional de 3,71%, ficando atrás apenas de Belo Horizonte, que apresentou 5,18%. Dentre os nove grupos analisados, oito apresentaram inflação, sendo que o único com decréscimo foi transportes, que registrou uma queda de 0,3%.
Em relação ao mês de outubro, a média da inflação na Grande Fortaleza foi de 0,52%, 0,66 p.p. menor que a de setembro (-0,14%), e 0,02 p.p. inferior à média nacional de 0,54%. Dentre os grupos pesquisados, sete apresentaram aumento, destacando-se habitação, que teve a maior inflação do país, com 2,35%. Os principais responsáveis por esse aumento foram a energia elétrica residencial (5,65%), o gás de botijão (3,57%) e o sabão em barra (3,36%).
Os itens que mais contribuíram para a elevação de preços em outubro foram o maracujá (21,01%), a laranja-pera (11,28%) e o transporte por aplicativo (6,29%). Em contrapartida, itens como manga (-22,68%), cebola (-17,65%) e batata-inglesa (-5,3%) tiveram redução de preços.
A prévia da inflação nacional em outubro ficou em 0,54%, 0,41 p.p. acima da taxa de setembro (0,13%) e 0,33 p.p. superior à de outubro de 2023 (0,21%). No acumulado do ano, a inflação atingiu 3,71%, enquanto nos últimos 12 meses chegou a 4,47%. Entre os grupos analisados, a habitação apresentou a maior variação, com 1,72%, seguida pela alimentação e bebidas, que registraram um aumento de 0,87%.
O aumento nos preços da energia elétrica residencial foi o principal fator da inflação em habitação, passando de 0,84% em setembro para 5,29% em outubro, devido à vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2. A alimentação no domicílio também apresentou aumento de 0,95%, após três meses consecutivos de queda, impactada pelo aumento do contrafilé (5,42%) e do café moído (4,58%).
Todas as 11 áreas pesquisadas registraram alta em outubro, com a maior variação em Goiânia (1,07%) e a menor em Porto Alegre (0,17%).
Fonte: GCMAIS
Fonte: GCMAIS