O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), avaliou nesta segunda-feira (22) que a discussão sobre a soberania do país ante o tarifaço norte-americano deu “força” para a possível reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo ele, o cenário político, no entanto, dependerá da decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre quem deverá apoiar. O ex-chefe do Executivo está inelegível. Hugo afirmou que a direita “tem várias opções” e que a opinião do ex-presidente “tem muita força”.
“O presidente [Lula] vem para a reeleição, na minha avaliação, com força. A direita está um pouco mais desorganizada, na minha avaliação, porque primeiro não se sabe o que o ex-presidente Bolsonaro vai fazer, quem ele irá apoiar”, disse em evento com empresários.
O tarifaço norte-americano, de acordo com Hugo, permitiu reposicionar o discurso do governo e garantir o crescimento do apoio.
Para ele, os dois “polos”, de direita e esquerda, terão desafios semelhantes em 2026 e devem mirar o voto decisivo do eleitor que não tem um lado definido. Para o avanço da direita, declarou ser necessário mirar mais no “centro”.
“Tem também uma fadiga do eleitor que não é nem da direita nem da esquerda dessa dicotomia. Então vai levar esse eleitor quem tiver mais habilidade, mais condição, de garantir entregas”, declarou.
O presidente da Câmara também criticou o que chamou de “voto de exclusão”, que mira evitar que um candidato se eleja. “O radical já está resolvido, ele vai votar contra, ele não vai votar em alguém, vai votar contra alguém. É o voto por exclusão, que é o pior voto que tem”, disse.
Hugo evitou expressar o seu posicionamento político pessoal e justificou ser uma forma de garantir a melhor condução dos trabalhos na Câmara.
“Penso que é bom para o país, é bom para o meu trabalho e é bom para o meu dia a dia que eu não tenha a posição política aqui expressada para que eu conduza a pauta da Câmara com mais tranquilidade, de poder olhar no olho do líder do PT, do líder do PL e tratar das pautas de maneira mais imparcial”, disse.
Fonte: CNN Brasil
			
				
											