Inclusão | Catedral de Crato tem Missa rezada em Libras

Passados dez anos da sua primeira experiência de atuação, a Pastoral dos Surdos da Sé Catedral Nossa Senhora da Penha, em Crato, promoveu neste sábado, dia 4 de janeiro, uma ação inclusiva: uma Missa rezada na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). O presidente foi o Padre Jeferson Santos, vigário paroquial de Assaré, que é intérprete de Libras e ajudou na implantação da Pastoral.

Na Igreja Catedral, as Missas dominicais das nove da manhã dispõem de intérpretes, mas a celebração direcionada à comunidade surda e deficiente auditiva ajudou na participação da Eucaristia de forma ainda mais frutuosa pela união de louvor e de oração, juntamente com o sacerdote. Tanto as leituras quanto as orações foram todas em linguagem visual/gestual, com tradução para os ouvintes.

“Os surdos têm a mesma dignidade de filho de Deus, como qualquer cristão. E essa Santa Missa, toda acessível em Libras, faz com que eles se sintam ativamente participantes da Igreja. Essa foi, então, a primeira de muitas, se Deus quiser”, disse Padre Jeferson. Ele também explicou que a Missa, totalmente sinalizada na linguagem visual/gestual, foi preparada, cuidadosamente, há algum tempo. E aproveitou para acentuar o trabalho da Pastoral dos Surdos: “O serviço é inovador. Objetivo dela é que o surdo seja protagonista da sua vida eclesial. Não é uma pastoral para os surdos, mas dos surdos, onde eles se sintam participantes do serviço e também da Igreja de Deus”.

Essa inclusão é um projeto oferecido pela própria Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que reafirma o seu compromisso na promoção de uma Igreja e de uma sociedade cada vez mais capazes de acolher a todos.

O coordenador da Pastoral dos Surdos na Catedral, Diego Carvalho, com ajuda do intérprete Rodrigo Almeida, disse estar feliz e que vivenciar esse momento, principalmente na Liturgia, na proclamação de uma das leituras, foi extremamente relevante. “Quero agradecer e pedir ajuda de vocês, para que tenham fé, esperança e nunca achar que somos ‘coitados’, mas que precisamos ter lugar e apoio”.

Por: Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação