Instituto Butantan retoma produção de CoronaVac com mais 5 milhões de doses

Instituto Butantan, em São Paulo,  iniciou, na noite da última terça-feira (20), a produção de mais 5 milhões de doses da vacina CoronaVac, eficaz contra a Covid-19. A estimativa é que o novo lote seja entregue no dia 3 de maio ao Ministério da Saúde. 

A formulação e envase do imunizante foram retomados após a chegada de 3.000 litros do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). A matéria-prima veio da China e foi enviada pela farmacêutica Sinovac.

Antes disso, no dia 7 de abril, o Butantan havia paralisado a fabricação da vacina por falta do insumo.

Até agora, o governo de São Paulo repassou ao Ministério da Saúde 41,4 milhões de doses da CoronaVac, que são incorporadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) para serem encaminhadas proporcionalmente aos 26 estados e ao Distrito Federal.

Com a nova rodada de produção iniciada nessa terça, o Butantan pretende aumentar o total de doses entregues para 46,4 milhões.

Um segundo carregamento de matéria-prima, com mais 3.000 litros – correspondentes a outras 5 milhões de doses–, aguarda autorização para embarque e deve chegar nas próximas semanas ao estado, mas ainda sem data definida.

Contudo, o diretor do Butantan, Dimas Covas, assegura que o atraso e o parcelamento da entrega dos insumos em dois lotes não devem alterar o cronograma final.

Protocolos

Ao receber a matéria-prima, o primeiro passo é armazená-la em câmara fria e contêiner de aço inox. Em seguida, o contêiner é encaminhado para a sala de tanques, onde acontece a transferência do composto para a bolsa de agitação. A última etapa é levá-lo para o processo de envase no tanque pulmão.

Durante o processo de envase, os frascos-ampola são lavados e esterilizados por meio de ar seco quente, passam automaticamente para a entrada da máquina envasadora e, por meio de esteiras automáticas, são posicionados nas agulhas que despejam o produto dentro dos frascos via bomba dosadora.

Conforme o Instituto, os frascos-ampola já com o produto são entregues pela esteira automática à recravadora, para recebimento do selo de alumínio. Uma terceira fase é a inspeção visual manual, rotulagem e checagem dos rótulos e, então, a embalagem dos frascos-ampola.

Depois de envasar o conteúdo, são feitos testes de qualidade por amostragem, incluindo aspecto, pH, volume extraível, volume médio, teor de alumínio, teste de vedação, osmolalidade, identidade, conteúdo antigênico, toxicidade, esterilidade e endotoxina.

Fonte: Diário do Nordeste